quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

TERREMOTO NO HAITI: Solidariedade SIM, Ocupação NÃO!

Assista o vídeo:
http://www.youtube. com/watch? v=H5ALsjoLLeI&feature=player_ embedded#

Meu partido é assim!
Internacionalista, socialista e revolucionário!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Direção da ECT gastou R$ 737 milhões para cobrir rombo no Postalis, mais R$ 415 milhões para implantar dois PDVs!

Direção da ECT gastou R$ 737 milhões para cobrir rombo no Postalis. Gastou mais R$ 415 milhões para implantar dois PDVs e agora diz que neste ano não vai pagar a PLR !

Apesar de ter R$ 795 milhões em caixa, o Diretor de RH Pedro Bifano, em reunião com a FENTECT, disse que neste ano a empresa não vai pagar a PLR para os trabalhadores.

Foi realizada no dia 13 de janeiro de 2010, uma reunião com a direção da ECT para começar a discussão sobre a PLR a ser paga em 2010. A reunião estava marcada para às 15hs. Após mais de uma hora de atraso, o Sr. Pedro Magalhães Bifano chegou na reunião para informar aos membros da Comissão Permanente da FENTECT que a empresa não tem dinheiro para pagar a PLR neste ano. Segundo ele a ECT teve que assumir uma dívida de R$ 737 milhões, de déficit do saldamento do plano BD (Postalis) saldado em 2008 e tranformado em plano CD (Postalprev), que teve de ser lançado nos balancetes da empresa neste ano.

Sobre o "déficit" dos R$ 737 milhões, fomos informados que a ECT tem o prazo de 18 anos para pagar. Mas, o governo resolveu torrar tudo de uma vez. O objetivo deles é sanear a ECT antes de privatizá-la com o projeto de Correios S/A.

Com isso, segundo eles, hoje o lucro da ECT é de apenas R$ 58 milhões e conforme as normas do Governo (DEST), destes R$ 58 milhões apenas 12% seriam distribuídos para os trabalhadores. Ou seja menos de R$ 7 milhões.

Portanto, o diretor de RH avalia que dificilmente a ECT poderá pagar PLR em 2010. Informou que talvez a saída seria pagar um abono. Pior ainda: quer usar a Comissão da FENTECT como cúmplice dos desmandos e ir com ele, de pires na mão, pedir esmolas ao governo (DEST) para ver se encontra uma saída para amenizar a revolta da categoria.

Se o trabalhador somar os R$ 795 milhões que a ECT tem em caixa hoje, mais os R$ 415 milhões que foram gastos pela direção da empresa para implantar os dois PDVs, vai dar R$ 1 bilhão e 210 milhões que a empresa teve de lucro neste ano. E mesmo com tudo isso, a direção da ECT tem a cara de pau de dizer que apesar deste lucro todo, os trabalhadores dos Correios não terão a PLR! É uma afronta! Vamos organizar nossa luta!

Se não bastasse o Acordo Coletivo com validade para 2 anos, agora a direção da ECT que pagar a PLR também de 2 em 2 anos.

A CHAPA 3 - Oposição Unida prá Lutar, exige a PLR Já, com valor Linear para todos e irá incorporar essa reivindicação na Campanha Salarial Extraordinária deste Ano de 2010!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

HAITI: A solidariedade de classe é uma necessidade e tarefa urgente!

A solidariedade de classe é uma necessidade e tarefa urgente

Na terça-feira (12) o povo haitiano sofreu com a destruição que arrasou a capital do país

Um terremoto de nível 7 da escala Richter, devastou o Haiti. A magnitude pode ser vista em fotos divulgadas na grande imprensa. De acordo com Centro de Estudos Geológicos dos EUA (USGS), o tremor ocorreu às 16h53 horário local, 18h53h horário de Brasília. Devastou a capital de Porto Príncipe uma das principais cidades atingidas. Até o momento não se sabe com precisão o numero de vítimas. Segundo informações da Cruz Vermelha até 3 milhões de pessoas foram atingidas pelo terremoto. De acordo com especialistas, este é o maior tremor que atingiu o país nos últimos 200 anos.

A situação nos bairros mais pobres é grave. As comunicações foram em grande parte interrompidas. Não há luz elétrica em algumas cidades. Os haitianos estão à procura de refugio nas embaixadas também devastadas. Há escombros por toda a parte da Capital de Porto Príncipe o que impede a circulação de veículos. A maioria dos prédios veio abaixo. Barracos e casas que já são construídas de forma precária não resistiram ao tremor. O principal hospital da cidade também foi comprometido, tornando o atendimento às vítimas ainda mais complicado. O tremor também causou incêndios em algumas localidades, a universidade da capital de Porto Príncipe foi atingida pelo tremor, há indícios de pessoas soterradas no local.

O maior problema é a logística, a dificuldade de chegar ao local. A devastação tomou conta do país que já sofre com a pobreza e não tem condições para lidar com grandes desastres. As imagens veiculadas na imprensa mostram pessoas nas ruas desesperadas e feridas.

A Conlutas manifesta sua solidariedade ao povo haitiano frente ao desastre acontecido no dia 12. Por outro lado não pode deixar de cobrar o fim imediato da ocupação por militares estrangeiros que também vitimam o povo haitiano. Cobramos do governo Lula que cancele imediatamente o esforço de guerra desenvolvido pelo Brasil para chefiar a ocupação do Haiti e redirecione todos os recursos gastos com força de ocupação para a ajuda humanitária tão necessária neste momento.

A Conlutas entrou em contato com a BATAY OUVRIYE e com e outras organizações no Haiti para saber quais medidas concretas podem ser tomadas para ajudar o povo haitiano. Estamos convocando os sindicatos e organizações dos trabalhadores do nosso país a se mobilizarem para arrecadar recursos que possam se enviados à organizações de trabalhadores do Haiti, num exercício concreto de solidariedade de classe.

Secretaria Executiva Nacional da Conlutas

sábado, 9 de janeiro de 2010

Dois anos sem reajuste não dá! Campanha Salarial Já!

R$ 100,00 de aumento real é uma vitória da greve...

No final deste mês todos os trabalhadores dos Correios terão um aumento real de R$ 100,00 incorporados aos salários. Não à toa, tentando enganar a categoria, a direção do nosso sindicato marcou as eleições sindicais para uma semana após o pagamento dos R$ 100,00.

Mas, com certeza, a categoria não é boba e sabe que essa foi uma vitória da greve nacional da categoria, que durou 14 dias, e não do Sindicato do Rio de Janeiro onde a greve foi encerrada no terceiro dia para tentar enfraquecer a mobilização nacional. Defenderam o fim da greve Zélia (chapa 1) e Emerson Estylo (chapa 2) .

Portanto, se não fosse a traição de Zélia e Emerson poderíamos estar ganhando os R$ 100,00 desde AGOSTO (mês de nossa data-base). Logo, cada trabalhador dos Correios teve um prejuízo de R$ 500,00.

Recentemente, os membros da Comissão de PCCS da FENTECT, foram obrigados a ouvir um deboche do próprio diretor da ECT, Pedro Bifano, que afirmou: "Se vocês apertassem um pouco mais, o aumento real seria pago desde agosto, pois a ECT teria "bala na agulha" para pagar e também para fechar o ACT com validade somente para um ano". Agora sabemos sobre o que o Ronaldão, Cantoara e Taleban tanto conversavam ao pé do ouvido durante os intervalos na audiência no TST.

A categoria não poderá aceitar que sejam pagos R$ 100,00 somente agora e o próximo ganho só em agosto de 2011. Isso na melhor das hipóteses, caso não ocorra um novo agravamento da crise econômica mundial que assombrou o ano de 2008 e continua dando fortes sinais que está longe do fim.


...Mas, ficar dois anos sem reajuste não dá! Campanha Salarial Já!

Não dá para esperar o próximo reajuste salarial só em agosto de 2011. Por isso, neste ano faremos campanha salarial, sim ou sim!

Esta foi a decisão da Plenária Nacional realizada em São Paulo, em outubro passado, com a participação dos 17 sindicatos da categoria contrários ao acordo bianual, assinado de forma ilegal e fraudulenta. Para isso, já está sendo contratada uma assessoria jurídica nacional para a entrada de uma ação judicial no próximo mês para a anulação do acordo bianual.

Também será realizado um Congresso Extraordinário da FENTECT, ao final do primeiro semestre deste ano, para garantirmos na luta a campanha salarial e mudarmos a direção da FENTECT.

Aqui no Rio de Janeiro também teremos que mudar a direção do nosso sindicato. Do contrário, caso vença a chapa de Zélia, Ronaldão e sua turma, só teremos reajuste salarial a cada dois anos. Já que o acordo bianual terá força de lei, como quer o Governo Lula, para que não haja enfrentamos com a classe trabalhadora durante as eleições burguesas, que acontecem a cada dois anos e não mudam a vida dos trabalhadores.

Até o ministro do TST, em audiência, declarou contrariedade ao acordo com validade para dois anos. Também o ministro Hélio Costa, diante da radicalização e força da greve, em entrevista no site G1 (globo.com) admitiu que o acordo coletivo poderia continuar valendo para somente um ano. Mas, obedientes ao Governo Lula, Ronaldão (chapa 1) e os demais pelegos do então comando de negociações demonstraram que não são "covardes" e com muita "coragem" defenderam o acordo bianual em todos os momentos da greve.

Ninguém aguenta mais a Zélia, Ronaldão e sua turma a frente do nosso sindicato. Por isso, para derrotar os pelegos governistas que traíram a categoria na campanha salarial e na greve, VOTE CHAPA 3 - Oposição Unida prá Mudar!

domingo, 3 de janeiro de 2010

O Filho e os Filhos do Brasil

O que está por trás do filme de Lula?

Superprodução une governo, empresários e centrais sindicais

Diego Cruz, da redação do Opinião Socvialista.

• No primeiro dia de 2010, as salas de cinemas serão invadidas por uma superprodução que ambiciona ser um marco no número de espectadores da sétima arte no país, superando o recorde atual, o filme Dona Flor e seus Dois Maridos, visto por 12 milhões de pessoas em 1979.

Lula, o Filho do Brasil, foi orçado inicialmente em nada menos que R$ 18 milhões. Os produtores, a fim de evitar polêmica, se abstiveram de procurar subsídios ou isenções fiscais. Nem precisaram, já que todos os custos foram bancados por grandes empresas e empreiteiras. O que não impediu a acusação de que se trata, na verdade, de uma espécie de propaganda eleitoral, já que todos sabem que 2010 será marcado pela disputa da sucessão presidencial.

O que estaria por trás do épico que promete revelar a vida de Lula? Seria de fato uma forma de beneficiar a candidata eleita pelo presidente para substituí-lo nos próximos quatro anos ou, como juram seus realizadores, apenas um filme sem qualquer pretensão política?

A construção de um mito
De acordo com informações fornecidas à imprensa pelos próprios produtores, a ideia do filme surgiu quando Luiz Carlos Barreto (produtor de, entre outros, Dona Flor e O que é isso Companheiro?) conversava com o chefe do gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. O assessor de Lula teria lhe apresentado um livro sobre a biografia do presidente.

Trata-se de Lula, o Filho do Brasil, tese de doutorado em História de Denise Paraná, ex-assessora do atual presidente da República. A tese se resumia a um conjunto de entrevistas com amigos e familiares de Lula. “Barretão”, segundo ele próprio, logo viu a oportunidade de transpor a história para a telona. Para isso, mandou roteirizar o livro de Paraná, realizando alguns retoques na história, omitindo alguns fatos e enaltecendo outros.

O filme, dirigido pelo filho do produtor, Fábio Barreto (O Quatrilho), narra a trajetória de Lula desde o nascimento, em 1948, até sua ascensão como líder político e sindical. Os primeiros anos de Lula ganham destaque, assim como as duras condições de vida no sertão pernambucano e a pobreza da família, que sofrem ainda com a violência do pai do protagonista. A migração para o Sudeste e o início da carreira de operário são mostrados como exemplos de superação e força de vontade.

O personagem, Lula, é moldado através de uma série de provações, da infância miserável, passando pela morte da esposa grávida até o falecimento da mãe, representada por Glória Pires e colocada como referência moral ao protagonista. Essa última tragédia teria impulsionado a vocação sindicalista do personagem. O filme, enfim, reforça a imagem mítica do herói construída ao redor de Lula, ao mesmo tempo em que mantém alguns elementos de identificação com o espectador comum.

Em entrevista, Fábio Barreto diz o que quer passar de Lula no filme: “o principal bem que (Lula) fez ao país foi o aumento da autoestima, como se dissesse o tempo todo ‘Se eu estou aqui, você também pode estar. Eu sou igual a você, nós somos iguais. Eu estou aqui porque eu teimei muito. Não fiquem aí reclamando da vida’”.

Lula, O Filho do Brasil segue a trilha das cinebiografias que, como tantas outras, mitificam o biografado. Evidentemente, ninguém poderia esperar ou cobrar uma posição de neutralidade do diretor que, enquanto artista, deve sim ter uma posição de total liberdade para fazer sua obra. Inclusive para imprimir nela suas próprias posições políticas.

No entanto, o filme de Lula parece expressar mais que uma ingênua obra de arte, extravasando para a mais pura propaganda.

Supervisão do Planalto
Informalmente, pode-se afirmar que o filme foi uma co-produção entre o Planalto e a produtora de Barreto. Do início ao fim, a obra teve a mão do governo.

O diretor, antes de comprar os direitos do livro e executar o filme, pediu pessoalmente autorização a Lula. Iniciado o projeto, o roteiro final foi avalizado pelo presidente. O próprio irmão de Lula, frei Chico, acompanhou as filmagens. Ministros e o publicitário de Lula, Duda Mendonça, teriam ainda verificado a primeira versão do filme, dando sugestões para afinar o filme aos interesses do Planalto.

A captação de recursos foi um capítulo à parte, juntando grandes empresas e multinacionais como a Volkswagen, Souza Cruz, Hyunday, além de empreiteiras como Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e grandes empresas como Oi, CPFL, Ambev e EBX. Grande parte delas tem negócios com o governo federal.

Finalizado o filme, o grande desafio é a distribuição e a exibição. Para isso, as centrais sindicais cumprirão um papel decisivo. Além da promoção do ingresso a R$ 5 aos sindicalizados, especula-se um amplo esquema de exibição, levando o filme aos grandes grotões do país. Após essa primeira fase, viria o DVD do filme, a R$ 10. Junto a isso, uma minissérie na Globo.

Nem o próprio governo ousa negar que o filme tenha considerável impacto eleitoral. Mas, será que só isso justificaria tamanho esforço envolvendo o governo, empresários e as centrais? Lula, surfando na onda do crescimento mundial nos últimos anos e minimizando os efeitos da crise com bilhões para bancos e empresas, goza de popularidade recorde. Barreto chegou a afirmar, com razão, que Lula não precisa do filme para ganhar a eleição.

Lula, o filho do Brasil parece fazer parte de um projeto maior.

Batalha ideológica
Durante a ditadura do Estado Novo, Getúlio Vargas mantinha o chamado DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, para controlar e impor a censura aos meios de comunicação. Num período de transição de uma economia agrário-exportadora para outra industrial, o governo Vargas chocava-se com interesses contraditórios, não só dos trabalhadores como entre setores da burguesia e da velha oligarquia cafeeira. Lançava mão, portanto, de governo autoritário, que arbitrava esses interesses.

Hoje, não temos mais o DIP. Além de todo o aparato do Estado, o conjunto da burguesia parece ter tomado em suas mãos a responsabilidade de legitimar o governo Lula e a sua política. É só prestar atenção às várias peças de publicidade que enaltecem o Brasil e as suas conquistas, bem ao clima de “pra frente Brasil” dos anos 1970. E, para isso, tem o auxílio das grandes centrais sindicais.

O filme de Lula, nesse contexto, funciona para construir um amplo consenso em torno do presidente e sua política. Não é apenas Lula que é mitificado. É também a união entre empresários e trabalhadores. É a tática do pragmatismo sindical, em lugar do confronto entre capital e trabalho. Pensando nos dias de hoje, a política de isenções e subsídios aos bancos e empresas.

Não é por menos que o longa termine justamente no auge de Lula como líder sindical no ABC. Para o espectador, tem-se essa imagem de Lula sindicalista do filme e o Lula presidente de hoje. A longa trajetória de adaptação que permitiu, por exemplo, que a Volkswagen, uma das patrocinadoras da obra, passe de adversária a aliada, fica de fora.

Resta saber se isso não terá um efeito contrário. Por mais despolitizado e descontextualizado que possa parecer, o filme é obrigado a mostrar as grandes greves do ABC e as cenas emocionantes das assembleias de milhares de trabalhadores no estádio de Vila Euclides. Seria excesso de otimismo pensar na possibilidade desse exemplo acender uma mínima fagulha na consciência dos trabalhadores?


FICHA TÉCNICA:
Título original: Lula, o Filho do Brasil
Gênero: Drama
Duração: 128min
Ano de lançamento: 2010 (Brasil)
Direção: Fábio Barreto
Roteiro: Daniel Tendler, Denise Paraná e Fernando Bonassi
Montagem: Letícia Giffoni
Produção: Paula Barreto e Rômulo Marinho Jr.
Música: Antônio Pinto e Jacques Morelembaum
Fotografia: Gustavo Hadba
Direção de arte: Clóvis Bueno
Elenco: Rui Ricardo Diaz (Lula adulto), Glória Pires (D. Lindu), Cleo Pires (Lurdes), Juliana Baroni (Marisa Letícia), Milhem Cortaz (Aristides), Lucélia Santos (Professora), Antônio Pitanga (Cristóvão), Celso Frateschi (Álvaro), Marcos Cesana (Cláudio Feitosa), Sóstenes Vidal (Ziza), Antonio Saboia (Vavá), Clayton Mariano (Lambari), Eduardo Acaiabe (Geraldão), Marat Descartes (Arnaldo), Nei Piacentini (Dr. Miguel), Felipe Falanga (Lula criança), Guilherme Tortolio (Lula adolescente)

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