quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conlutas denuncia golpe eleitoral aplicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda (RJ)

Conlutas denuncia golpe eleitoral aplicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda (RJ)

A Coordenação Nacional de lutas denuncia a todo o movimento sindical, popular e estudantil o golpe aplicado pela diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda (RJ) e região contra os trabalhadores.

Numa manobra digna dos maiores pelegos da história, a direção do sindicato, filiado à CTB, quer fazer um processo eleitoral escondido da categoria. No dia 2 de dezembro, na calada da noite, publicou um edital em um jornal de pequena circulação na cidade e comprou todos os exemplares na distibuidora, para impedir que chegassem as bancas. Tudo isto para impedir que a oposição pudesse inscrever a sua chapa e disputar democraticamente o processo eleitoral do sindicato.

Nenhum aviso foi divulgado pela entidade, nem sequer seu vice-presidente sabia da existência do edital que convocava a eleição. E, ao ser indagada, a diretoria - inclusive judicialmente - afirmava não estar aberto o processo eleitoral. Entretanto, no dia 12 de dezembro, publicou no mesmo jornal que havia encerrado o prazo de inscrição de chapas e apenas uma chapa estava inscrita para disputar as eleições em março. Em seguida fechou o sindicato.

A Conlutas denuncia que a direção do sindicato quer impedir que os trabalhadores metalúrgicos decidam livremente quem deve ser os seus representantes. Essa diretoria sabe que os acordos rebaixados feitos com a CSN e outras empresas vão ser questionados e existe um sentimento muito forte de mudança na categoria.

A oposição já está tomando as medidas judiciais necessárias para evitar este golpe. Mesmo neste periodo de festas e recesso.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda já foi um símbolo de resistência à ditadura militar. E, quem não se lembra da heróica greve de 1988, cuja repressão causou a morte de três operãrios da CSN?

Todo o movimento sindical deve se posicionar frente a este golpe, pois os metalúrgicos têm o direito de escolher democraticamente a sua direção. Por isso, a CONLUTAS se soma à Oposição Metalúrgica na exigência de sua inscrição no processo eleitoral e conclama a todas as entidades a denunciarem essa falcatrua e lutarem pelo direito a organização dsos trabalhadores.

Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS


Matéria publicada em:

www.conlutas.org.br

http://www.conlutas.org.br/exibedocs.asp?tipodoc=noticia&id=4456

domingo, 20 de dezembro de 2009

O aumento real de R$ 100,00 conquistado na Campanha Salarial 2009 foi uma vitória da categoria!

O aumento real de R$ 100,00 conquistado na Campanha Salarial 2009 foi uma vitória da categoria!

Foi fruto da GREVE NACIONAL dos trabalhadores dos Correios. Mas, poderíamos estar ganhando desde AGOSTO (DATA-BASE), se não fosse o peleguismo de Ronaldão (chapa 1) e de Taleban (chefe político de Emerson, da chapa 2) que "abriram as pernas" para CANTOARA durante a audiência no TST.

Recentemente ouvimos um deboche do próprio diretor de RH da ECT, Pedro Bifano: "Se vocês apertassem um pouco mais o aumento real seria pago desde agosto, pois a ECT teria "bala na agulha" para pagar e também para fechar o ACT com validade somente para um ano".

RESUMINDO: SERÃO PAGOS R$ 100,00 SOMENTE AGORA E O PRÓXIMO GANHO SÓ EM AGOSTO DE 2011, NA MELHOR DAS HIPÓTESES, CASO NÃO OCORRA UM NOVO AGRAVAMENTO DA CRISE ECONOMICA MUNDIAL, QUE NÃO ACABOU!

VAMOS FAZER A CAMPANHA SALARIAL 2010 NA MARRA!

Fora pelegos do SINTECT-RJ !!!
Vote CHAPA 3.

visualizar o perfil de Conlutas Chapa 3: http://www.orkut. com.br/Profile? uid=117701653630 58828364&mt=2

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Redução da jornada de trabalho e a saúde dos trabalhadores.

Companheiros e Companheiras Ecetistas,

Encaminho a matéria e o Blog abaixo para conhecimento de todos e todas.
Pois, o mesmo é bastante oportuno na medida em que a saúde ocupacional dos trabalhadores dos Correios vai de mal à pior. E vai piorar ainda mais, se não tomarmos o caminho de uma campanha de lutas.

Os serviços e as doenças ocupacionais estão aumentando a cada dia e na proporção inversa o efetivo vem dimuindo. Já são dois Planos de Demissão Voluntária e as dobras nos CDDs só aumentam. Há um excesso de trabalho em horas extras e convocações para trabalho em dias de repouso e feriados.

O concurso público anunciado nem de longe irá recompor as vagas necessárias.
E o que é mais absurdo, a direção pelega do sindicato se faz de surda, cega e muda. Ontem, por exemplo, os diretores do sindicato conhecidos como ANISIO e GERMANO, numa reunião com os trabalhadores dentro do CTE Benfica, falaram aos trabalhadores para que não pegassem atestado médico, insinuando que os trabalhadores fazem "armação" ou como se os trabalhadores fossem culpados por ficarem doentes. FOI A REPETIÇÃO DOS MESMOS DISCURSOS DOS GESTORES OPRESSORES!

FORA PELEGOS DO SINTECT-RJ, PARCEIROS DO DIRETOR REGIONAL!!!!

Redução da jornada de trabalho e a saúde dos trabalhadores.
Por Leda Leal Ferreira, pesquisadora da FUNDACENTRO

Leia o artigo acessando o Blog Defesa do Trabalhador no endereço abaixo (clique ou cole o referido atalho na barra de endereço do seu navegador):

http://defesadotrabalhador.blogspot.com/2009/12/reducao-da-jornada-de-trabalho-e-saude.html

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OPOSIÇÃO UNIDA PRÁ MUDAR O SINTECT-RJ

Contra o Acordo bianual e os Correios S/A, vote

CHAPA 3
Oposição Unida Pra Mudar


Secretaria Geral
JOEL ARCANJO PINTO, Carteiro, CDD IRAJÁ
DANIEL MAVIGNIER G.V. DE MACEDO, Carteiro, CDD Rocha Miranda

Secretaria de Economia e Finanças
HEITOR FERNANDES FILHO, Aux. Adm., CTE BENFICA
EDIVALDO CORREIA ARRUDA, Monitor, CDD ICARAÍ

Secretaria de Imprensa e Comunicação
JAIRO MENDES JUNIOR, Carteiro, CDD ANTONINA
ELEN AZEVEDO DA SILVA MANSO, Carteiro, CDD CAMPOS ELISEOS

Secretaria de Assuntos Jurídicos
ANDRE LUIZ MENDES DE SOUZA, OTT, CTC CIDADE NOVA
ADAILTON ROZENDO DA SILVA, OTT, CDD CAMPOS ELISEOS

Secretaria de Formação Política e Sindical
IVANILDO CAVALCANTE LEITE, Carteiro, CEE CENTRO
ANA PAULA DA SILVA NAZARETH, Carteiro, CDD SÃO GONÇALO

Secretaria de Educação e Cultura
DEIVID FERREIRA DOMENICO, Carteiro, CDD1 º DE MARÇO
VIVIANE SOUZA DAMASCENO, Carteiro, CDD NITERÓI


Secretaria Social, de Saúde e Segurança do Trabalhador
ALOISIO ARAUJO DE OLIVEIRA, Carteiro, CDD CURICICA
DANIEL AUGUSTO DA CRUZ CABRAL, OTT, CTE BENFICA

Secretaria de Assuntos Inativos e Aposentados
MARCO ANTONIO HENRIQUE PAULINO, Carteiro, CDD MESQUITA
JULIO CESAR FERREIRA, OTT, CTE BENFICA

Secretaria da Mulher Trabalhadora
DEISE LUX S. ALVES DE LIMA, Carteiro, CDD NITERÓI
NOELY FONSECA MENEGOI, Carteiro, CDD DO LGO BARRADAS

Secretaria dos Trabalhadores em Empresas similares ou conexas
Henrique Manoel C. Organista, Carteiro, CDD LGO. DA BATALHA


Secretaria do Patrimônio
FABIANO DE OLIVEIRA, Carteiro, CEE CENTRO
CRISTIANO PIMENTEL FURTADO, Carteiro, CEE BANGU


Secretaria do Interior do Estado
FLAVIO PEREIRA VIANA, Carteiro, CDD RIO BONITO
LEONARDO RAMOS VIEIRA DE SOUZA, Carteiro, CDD STA CRUZ DA SERRA

Secretaria de Trabalhadores Demitidos, de Anistia e de Garantia ao Emprego
NILSON FERREIRA FIRMO, Motorista demitido (), CTO NITEROI
MARIA REGINA MONTEIRO GAVINA, OTT demitida (), CTC CIDADE NOVA

Secretaria da Questão Racial
FAGNER DA SILVA LOPES, Carteiro, CDD OESTE
ARNALDO MARTINS DO NASCIMENTO, OT, CDD BOTAFOGO

Secretaria da Juventude
TIAGO VIANA DE SIQUEIRA, Carteiro, CDD SÃO CRISTÓVÃO
DOUGLAS PINTO, Carteiro, CDD RAMOS

Conselho Fiscal
DIDIER EGIDIO PEREIRA, Carteiro, CEE CENTRO
ANDERSON DE F. DOS SANTOS, Carteiro, CDD DEL CASTILHO
EDSON BATISTA DA LUZ, Atendente Comercial, AC-DIAS DA ROCHA
YURI SOARES GOMES, Carteiro, CDD Rocha Miranda
JOSE LUIZ FERREIRA, Carteiro, CDD ARARUAMA

* Entre em contato com a gente: chapa3correios_rj@yahoo.com.br
Tel: 8405-3521

domingo, 29 de novembro de 2009

PLENÁRIA DECISIVA DA OPOSIÇÃO CORREIOS CONLUTAS-RJ

PLENÁRIA DECISIVA DA OPOSIÇÃO CORREIOS CONLUTAS-RJ
Segunda feira, 30/11, 19 horas.
Local: SINDICATO DOS METROVIÁRIOS.
Avenida Rio Branco, 277 - 4o andar (Cinelândia).
Pauta: eleição no SINTECT-RJ, definição do programa da chapa e dos componentes da chapa.
Convocamos todos os membros e simpatizantes da CONLUTAS.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ADESÃO A PDV NÃO IMPEDE RECEBIMENTO DE OUTROS CRÉDITOS SALARIAIS

ADESÃO A PDV NÃO IMPEDE RECEBIMENTO DE OUTROS CRÉDITOS SALARIAIS


Fonte: TST - 28/10/2009 - Adaptado pelo Guia Trabalhista


A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho determinou o retorno de processo ao Tribunal do Trabalho da 2ª Região (SP) para julgar pedido de equiparação salarial de ex-empregado de uma empresa privada responsável pela distribuição de eletricidade.
Com fundamento no voto da relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, por unanimidade, o colegiado afastou a figura jurídica da coisa julgada e garantiu o exame da matéria.

O TRT entendeu que a adesão do trabalhador ao Programa de Incentivo à Aposentadoria da empresa tinha efeito de coisa julgada e extinguiu o processo sem julgamento do mérito. Inconformado com esse resultado, o empregado recorreu ao TST. Alegou que a adesão ao Programa não impedia sua pretensão à equiparação salarial e que a decisão do Regional contrariara a Orientação Jurisprudencial nº 270 da SBDI-1 do TST que prevê, nessas situações, a quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.

Para a relatora, ministra Kátia Arruda, de fato, houve contrariedade à OJ nº 270. Ainda segundo a relatora, a jurisprudência do TST entende que a indenização estipulada em programa de demissão voluntária não implica quitação de todas as verbas rescisórias provenientes da extinção do contrato de trabalho.

Portanto, permanece a obrigação do empregador de garantir ao trabalhador o pagamento de eventuais créditos salariais existentes. (RR- 25952/2002-902-02-00.1).

sábado, 31 de outubro de 2009

CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO

Para fortalecer a Oposição e mudar a direção do Sindicato!
A Oposição Conlutas está fazendo uma Campanha de Sindicalização para fortalecer a Oposição e mudar a direção do Sindicato.
As eleições do SINTECT-RJ estão previstas para fevereiro de 2010. Mas, só poderão votar os associados que na data da eleição tiver mais de 03 (três) meses de inscrição no quadro social, pelo menos.

SINDICALIZE-SE PELA INTERNET.
http://www.sintectrj.org.br/filie-se.asp
Faça o download da ficha de inscrição e distribua amplamente em seu local de trabalho.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Segurança da Petrobrás agride comissão de deputados e advogados

Segurança da Petrobrás agride comissão de deputados e advogados

Comissão tentou visitar petroleiros aposentados que ocupam prédio da empresa
Clarckson Messias Araujdo do Nascimento, Diretor do Sindipetro AL/SE

• Isolados no 15º andar do Edifício Torre Almirante, unidade da Petrobrás no centro do Rio de Janeiro, na Rua Almirante Barroso, os petroleiros Emanuel Cancella, Roberto Ribeiro, Fabíola Monica, Wladimir Mutt, Flavio Azevedo e Luis Alexandre do Sindipetro-RJ entram no terceiro dia de ocupação. A ação é em protesto à discriminação dos aposentados na negociação do acordo salarial da categoria. Desde 1996, os aposentados acumulam perdas de mais de 60% em relação aos trabalhadores da ativa. A ocupação foi aprovada em assembléia e tem total apoio da direção do sindicato.

Cancella, Ribeiro, Fabíola, Mutt, Azevedo e Alexandre enviaram um relato ao sindicato, informando que até a manhã de hoje visitas estavam sendo autorizadas, na ante-sala da área ocupada. Pouco depois, chegaria uma ordem do gerente de Recursos Humanos, Diego Hernandes, impedindo a entrada de novos visitantes.

As condições a que estão expostos os ativistas preocupa. A cama é o chão frio. A direção da Petrobras proibiu a entrada de travesseiros, lençóis e colchonetes. Os petroleiros estão sendo impedidos pelos seguranças do prédio, por ordem da direção da empresa, de usar os chuveiros do Edita. Existem ordens expressas da direção da Petrobrás proibindo visitas.

Nesta quinta, 22/10, por volta das 12h, uma comitiva formada pelo deputado estadual Paulo Ramos (PDT), seu assessor, Renan Lacerda (petroleiro aposentado), pelos advogados Aderson Bursinger, Custódio de Carvalho e Modesto da Silveira e pelos Conselheiros da Petros, Silvio Sinedino e Agnelson Camilo, se dirigiram à recepção anunciando que iria visitar os acampados da Petrobrás. Como representantes dos trabalhadores, parlamentar, Conselheiros da Petros e advogados, entregaram seus documentos e receberam os crachás de visitantes e a autorização para subir.

A comitiva já tinha passado as catracas, quando de repente apareceu um segurança interno da empresa terceirizada, alegando de que o Deputado Paulo Ramos não poderia entrar, que eram "ordens". Teve início um tumulto e, no corredor que leva aos elevadores, surgiram uns vinte seguranças que tentaram imobilizar o deputado e impedir que a comitiva entrasse no elevador.

Houve empurra-empurra e conflito, na entrada da Comitiva. Na confusão, um vigilante, que não foi identificado, agrediu violentamente o advogado e conselheiro da OAB/RJ, Dr. Aderson Bussinger, que é advogado dos Sindipetros AL/SE e do Rio de Janeiro e contribui com na assessoria jurídica da FNP, principalmente nas reuniões com a Petrobrás.

Mas eles não se intimidaram diante dos empurrões, tapas e ameaças e entraram no prédio, utilizando-se de prerrogativa reservada a advogados e a parlamentares. Eles levaram a solidariedade e um convite para que os petroleiros acampados participassem de sessão solene, na Assembléia Legislativa, em homenagem aos 56 anos da Petrobrás.

A agressão sofrida, segundo Aderson, foi em forma de "telefone" com muita força no ouvido direito, que segundo a médica da Petrobrás, que o atendeu no local, teria causado um hematoma interno, que possivelmente tenha causado danos ao sistema auditivo.

Após a visita, o advogado seguiu para a OAB-RJ e fez uma representação. Ele fez exame de Corpo Delito e prestou queixa policial e Boletim de Ocorrência. A OAB considerou um ato arbitrário da Petrobrás e de sua vigilância junto com as Ações Gerenciais do RH e do GAPRE (Gabinete da Presidência), que é responsável pela segurança da Petrobrás e tomará as providências.

Nesta sexta, apesar das pressões – que serão denunciadas na Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ e na Alerj – a ocupação vai continuar, até que a direção da maior empresa do país sinalize com uma possibilidade de acordo que não exclua os aposentados.

Nota da Conlutas contra a CPI do MST

Nota da Conlutas contra a CPI do MST

Nesta quarta, dia 21, Congresso Nacional formou uma CPI mista, que persegue o MST
Fonte: www.conlutas.org.br

• A instalação pelo Congresso Nacional de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o repasse de verbas do Governo Federal a organizações, supostamente, ligadas ao MST é mais um ataque dos partidos da direita tradicional, especialmente o PSDB e o DEM, contra os movimentos sociais.

Estes partidos, de forma descarada, se arvoram a defender a moralidade na aplicação das verbas públicas, mas são também responsáveis pela corrupção no Congresso Nacional e na administração de governos de estados, como o de SP, RS e MG.

Esta CPI tem como objetivos principais a criminalização do MST e do conjunto dos movimentos sociais e proteger os interesses econômicos e políticos dos mega-empresários brasileiros do Agronegócio e das empresas transnacionais do setor.

O Governo Lula nada fez pela reforma agrária. Por isso, os números dos assentamentos demonstram que não houve nenhuma mudança significativa em relação à postura adotada nos oito anos do governo FHC. Some-se a isso a alarmante escalada dos conflitos agrários, violência e assassinatos.

Segundo dados da CPT, só no 1º semestre deste ano, foram registrados 366 conflitos, envolvendo quase 200 mil pessoas e resultando numa média de 1 morte a cada trinta conflitos, ou seja, as conquistas dos sem-terra se devem única e exclusivamente a sua incrível disposição de luta.

A Conlutas seguirá ao lado do MST e da sua luta, contra a criminalização dos movimentos sociais, denunciando esta CPI absurda e apoiando e participando da luta pela reforma agrária e contra o latifúndio. Essa luta, pra ser conseqüente, precisa ser travada também, contra o Governo federal que já deu demonstrações que é o governo do agronegócio e dos grandes empresários.

- Não à CPMI contra o MST!
- Não à criminalização dos movimentos sociais!
- Reforma agrária já! São Paulo, 21 de outubro de 2009.

Secretaria Executiva Nacional da Conlutas

Servidores dos Correios do Reino Unido entram em greve

Servidores dos Correios do Reino Unido entram em greve

Londres - Os trabalhadores do Royal Mail - o serviço público britânico de correio - começaram nesta quinta-feira (22/10) a primeira greve nacional em dois anos, em protesto às condições trabalhistas e aos planos de modernização da empresa.

Com duração inicial de 48 horas, a greve iniciou às 3h no horário local (1h em Brasília), depois do fracasso nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores da Comunicação (CWU) e a direção do Royal Mail.

Para os líderes sindicais, o Governo, em particular o ministro britânico de Empresa, Peter Mandelson, e a direção do Royal Mail são os responsáveis pelo fracasso nas conversas.

Segundo os dirigentes sindicais Mandelson quer abalar as negociações porque acredita que não é possível contar com um serviço dos correios competitivo mantendo a titularidade pública.

Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, pediu às duas partes envolvidas no conflito que se sentem à mesa para negociar porque a greve não é o resultado esperado.

"Se mais clientes não utilizarem o Royal Mail, aumentará o desemprego, portanto isto é contraproducente", insistiu Brown em uma declaração."

É preciso olhar o futuro do Royal Mail. Acho que conversando e negociando e, se for necessário, com a participação de um juiz, podemos encontrar uma solução para este problema", acrescentou.

Nos últimos meses, os empregados postais de diversas áreas do país, especialmente de Londres, entraram em greve, mas esta é a primeira que afeta todo o Reino Unido.

O CWU acusa o Royal Mail de não esclarecer como o programa de modernização dos correios afetará as condições trabalhistas e, sobretudo, a segurança do trabalho, já que o sindicato teme que milhares de empregos sejam suprimidos.

Um dos aspectos que mais preocupa o CWU é a instalação de uma máquina organizadora de cartas.

O sindicato teme que a instalação deste equipamento em todo o país leve ao corte de milhares de postos de trabalho e que estes sejam substituídos por empregos de meio expediente.

Há alguns meses, Brown voltou atrás na privatização do Royal Mail diante do descontentamento gerado nas bases de seu partido, o Trabalhista.

A direção do Royal Mail classificou a medida como injustificada e insistiu que as interrupções causarão um enorme dano ao serviço.

O líder sindical do CWU em Birmingham, Steve Reid, qualificou hoje de terrível a forma como se tratou ao pessoal.

"Não é um sindicato contrário à modernização. O que queremos é um Royal Mail adequado ao século 21, mas isso precisa ser feito a partir de um acordo e não com ditadura ou imposição", ressaltou Reid em declarações à imprensa britânica.

Diante das frequentes greves no setor postal, nos últimos meses, várias empresas estão buscando outras alternativas.

A Federação de Pequenas Empresas estima que 70% das 4,8 pequenas companhias do Reino Unido dependem do Royal Mail.

O Governo indicou que se as greves se prolongarem existe um plano de contingência para a entrega fora de casa dos resultados de testes médicos e entrevistas de pacientes em hospitais.

Além disso, o Ministério da Defesa pode fretar um avião especial para assegurar que os soldados que estão no estrangeiro recebam suas cartas natalinas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Justiça nega abusividade do movimento e greve da Caixa se fortalece

Justiça nega abusividade do movimento e greve da Caixa se fortalece
Mesmo com o ajuizamento do dissídio por parte da Caixa Econômica Federal, os bancários em todo o país não se intimidaram com a intransigência de Lula e do seu time que hoje está à frente da direção do banco

Juary Chagas, de Natal (RN)*

Apostando no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para sair do impasse que a própria Caixa criou nas negociações, a direção da empresa e o governo Lula sentiram o peso da mobilização dos bancários, que responderam a essa política truculenta com luta.Na sexta-feira, 16, um fortíssimo piquete em frente à CETEL (central que abriga cerca de mil trabalhadores terceirizados) impediu o funcionamento de setores de telemarketing e parte da tecnologia em São Paulo.

Uma ação radicalizada que há muito não se via numa greve de bancários. No final da tarde de sexta, a maioria das assembleias decidiu manter a greve nacional. O movimento segue com força nos 26 estados e no Distrito Federal.Derrota da CEF na Justiça dá fôlego à greveTentando não negociar com os trabalhadores ao utilizar a Mesa Única da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) como escudo, Lula e a direção da Caixa se viram de mãos atadas frente a uma greve muito mais forte que nos últimos anos. Apelaram, então, para o dissídio e um pedido de liminar decretando abusividade da greve na última quinta-feira, 15.No entanto, a derrota veio a galope.

A abusividade e a determinação de retorno ao trabalho foram negadas pelo tribunal. Essa derrota acirrou ainda mais os ânimos dos trabalhadores, que agora fortalecem e radicalizam a greve. Enquanto isso, a Caixa é obrigada a esperar por duas audiências de conciliação antes do julgamento do dissídio, com a maioria das suas agências fechadas.A primeira audiência foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 21. Esse cenário dá fôlego à greve e abre a possibilidade de, através do fortalecimento do movimento, os bancários conseguirem arrancar da Caixa as suas reivindicações.MNOB defende aprovação de contraproposta e fortalecimento da greveO Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB), ligado à Conlutas, entende que este é o momento de ampliar e fortalecer o movimento, pois há espaço para conquistar as reivindicações da categoria até o julgamento do dissídio.

A orientação também se estende às bases sindicais que suspenderam a paralisação.Os trabalhadores cujos sindicatos encerraram a greve devem exigir das direções que chamem novas assembleias para que retomem o movimento, pois essas localidades estão isoladas a partir do momento que a greve segue forte em mais de 90% das localidades. O MNOB orienta aos trabalhadores que aprovem nas assembleias a apresentação de uma contraproposta à direção da Caixa, que contemple: PCF já, seis horas sem redução de salário; isonomia, licença-prêmio e ATS para todos; reposição das perdas; não-compensação dos dias da greve; e nenhuma punição aos que lutam por todos.

Além disso, o MNOB está formando uma comissão de sindicalistas para exigir de parlamentares que intervenham junto ao governo Lula para que se reabram as negociações e para que sejam atendidas as reivindicações dos bancários.Esta é uma iniciativa importante, que aliada ao fortalecimento da greve a partir desta segunda-feira, 19, pode dar um norte político ao movimento, cobrando diretamente e jogando a responsabilidade da greve para Lula, a Casa Civil e seus ministérios, aumentando a possibilidade de vitória da categoria.

Quadro nacional
A greve na Caixa segue forte em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Ceará, Florianópolis, Bahia, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará/Amapá, Maranhão, Piauí, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe, Alagoas, Acre, Campo Grande (MS), Nova Friburgo (RJ), Feira de Santana (BA), Vitória da Conquista (BA), Andradina (SP), Assis (SP), Blumenau (SC), Campina Grande (PB), Catanduva (SP), Corumbá (MS), Dourados (MS), Guaratinguetá (SP), Jaú (SP), Lins (SP), Marília (SP), Naviraí (MS), Ponta Porá (MS), Presidente Prudente (SP), Presidente Wenceslau (SP), Ribeirão preto (SP), Rio Claro (SP), Rondonópolis (MT), Santos (SP), São Carlos (SP), São José dos Campos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sorocaba (SP), Mogi das Cruzes (SP), Três Lagoas (MT), Tupã (SP), Vale do Ribeira (SP), Votuporanga (SP), Videira (SC), Atibaia (SP), Vale do Paranhana (RS), São Miguel do Oeste (SC), Chapecó (SC), Araranguá (SC), Concórdia (SP), Divinópolis (MG), Joaçaba (SC).Suspenderam a greve da Caixa: ABC Paulista, Itaperuna (RJ), Taubaté (SP), Araraquara (SP), Bragança Paulista (SP), Caxias do Sul (RS), Criciúma (SC), Franca (SP), Guarapuava (PR), Guarulhos (SP), Jau (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP), Santiago (RS), Teófilo Otoni (MG), Toledo (PR), Umuarama (PR), Araçatuba (SP), Arapoti (PR), Limeira (SP), Vale do Caí (RS), Campinas (SP), Guaporé (RS).

Outros bancos em greve: Os trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco do Estado de Sergipe (Banese) também permanecem em greve, aguardando propostas da direção da empresa. O Banco da Amazônia apresentou nova proposta em negociação e os trabalhadores irão submetê-la às assembléias.

*Juary Chagas, é diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte e escreve o blog http://juary-chagas.blogspot.com
[ 19/10/2009 15:00:00 ]

domingo, 11 de outubro de 2009

Chapa da Conlutas e Intersindical vence eleições do Sind-Justiça/RJ

Chapa da Conlutas e Intersindical vence eleições do Sind-Justiça/RJ
Sandro Barros, do Rio de Janeiro (RJ)

• A apuração das eleições do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (Sind-Justiça/RJ) foi realizada nesta quinta-feira, dia 1º de outubro, no auditório da entidade. A comissão eleitoral iniciou o processo às 11h40 e, desde estão, candidatos das três chapas que disputaram o pleito, além de seus apoiadores e funcionários do Sindicato, trabalharam arduamente na contagem dos votos.

Da primeira até a última urna apurada, o clima era de grande expectativa e ansiedade, somadas ao cansaço diante de uma campanha que culminou na coleta de votos por 67 urnas nos três últimos dias de setembro. A tensão só foi aliviada quando o resultado já se esboçava.Às 6h, a comissão proclamou o resultado oficial: a Chapa 1, que aglutinou ativistas da Conlutas e da Intersindical, venceu as eleições para diretoria colegiada do sindicato e para o conselho fiscal da entidade.

Um detalhe importante: o resultado foi aceito democraticamente pelas outras duas chapas.Além da Chapa 1, concorreram às eleições a chapa 2 (Movimento de Oposição Serventuária) e a chapa 3 (Mudar para conquistar), que teve o apoio da CUT.Unidade para lutarAmarildo Silva, eleito coordenador-geral, fez uma declaração enfática após a consagração da vitória da sua chapa: “Antes de mais nada quero agradecer à categoria, que participou de um processo que, de todos os que participei até hoje, foi o mais democrático de todos, além do que, desde 1993, foi o mais acirrado também. Quero agradecer também aos candidatos e militantes da chapa 1, que batalharam incansavelmente junto à categoria para garantir o Sindicato que acreditamos ser o melhor, combativo, democrático e independente dos poderes”.“Faço humildemente um apelo a todos os serventuários lutadores: nós ganhamos as eleições, mas a categoria precisa de mais do que isso. Ela precisa da nossa unidade para conquistarmos um PCCS que nos valorize, para combater a FGV e o assédio moral, entre outros. Sem unidade nós seremos certamente derrotados pelo governo e pelo Tribunal. Não vamos nos dispersar, pois a nossa luta é muito maior que uma disputa eleitoral”, finalizou Amarildo, militante do PSTU e da Conlutas.

O mandato, conforme determina o novo estatuto do sindicato, não terá mais as figuras do presidente e seu vice, substituídos por uma coordenação-geral de três integrantes. A duração também muda: dos atuais três passam para dois anos.

RESULTADOS:

Diretoria Colegiada
Chapa 1: 1.433 votos (36,4%)
Chapa 2: 1.178 votos (29,9%)
Chapa 3: 1.328 votos (33,7%)
Brancos e nulos: 58 votos

Conselho Fiscal
Chapa 1: 1.373 votos (34,7%)
Chapa 2: 1.252 votos (31,7%)
Chapa 3: 1.327 votos (33,6%)
Brancos e nulos: 82 votos

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ELEIÇÃO DA CIPA - 2009/2010

ELEIÇÃO DA CIPA - 2009/2010

O Complexo de Benfica é uma fábrica de super-exploração

DIA 08 de OUTUBRO, vote HEITOR FERNANDES

Por uma CIPA atuante e de luta, para combater o assédio moral praticado pelo ritmo alucinante de trabalho aplicado pelos gestores, causando acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

A candidatura de HEITOR FERNANDES é apoiada pela Oposição Conlutas.

Nossas propostas para uma CIPA atuante:

1) Agregar todos os cipeiros do Complexo de Benfica para atuar junto com os representantes sindicais do setor, bem como com todos os cipeiros da DR/RJ;

2) Fazer uma campanha de denúncias no Ministério Público do Trabalho e na Delegacia Regional do Trabalho;

3) Participação de todas as investigações de acidente de trabalho, sendo informados de todos os acidentes e “quase acidentes”, acompanhando as análises de postos de trabalho e perícias;

4) Exigir da ECT o acesso ao PPRA e PCMSO, para fazermos um RX dos casos de problemas de saúde e seus programas de soluções;

5) Exigir da ECT a abertura de CAT em todos os casos de acidentes de trabalho (típicos e de trajeto), doenças ocupacionais e profissionais, mesmo em caso que não necessite afastamento do trabalho;

6) Exigir que as restrições médicas sejam cumpridas e acompanhamento dos casos não concluídos de reabilitação profissional;

7) Garantir espaço com autonomia (tempo e estrutura) na elaboração da SIPAT, para que os Cipeiros eleitos pelos trabalhadores possam sugerir os temas e apresentá-los aos demais companheiros de trabalho;

8) Acesso a todas as dependências da ECT, nos setores e horários em que os funcionários estejam trabalhando, inclusive dos trabalhadores terceirizados;

9) Exigir o cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho, o fim das horas extras obrigatórias convocadas sem antecedência mínima de 48 horas, que levam ao esgotamento físico e mental dos trabalhadores;

10) Exigir pausas intra-jornadas e pré determinadas para todos;

11) Propor medidas concretas junto às trabalhadoras, para questões específicas, tais como o período menstrual ou em caso de gestantes;

12) Promover cursos de formação classistas e independentes da empresa e do governo;

13) Desenvolver políticas de saúde para combate aos casos de LER/DORT e Assédio Moral, exigindo da ECT seu programa de ações concretas;

14) Desenvolver um Jornal da CIPA, independente da empresa, para informação e discussão das questões de saúde e segurança dos trabalhadores locais;

15) Exigir da ECT o custeio de todo o tratamento de trabalhadores vítimas de acidentes (incluindo assaltos) e doenças do trabalho, fornecendo medicamentos e medicina alternativa (acupuntura, hidroterapia, psicoterapia, etc..).

Vote HEITOR FERNANDES – nº 3

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dois milhões de franceses rejeitam privatização de empresa dos correios

Dois milhões de franceses rejeitam privatização de empresa dos correios.
Da France Presse

PARIS, França, 5 Out 2009 (AFP) - Dois milhões de franceses rejeitaram a privatização da empresa estatal dos correios, La Poste, em uma "votação cidadã" organizada por partidos políticos e organizações sindicais que terminou no sábado.


Após esta consulta, que não tem valor jurídico, o governo do presidente Nicolas Sarkozy afirmou que o debate sobre a transformação do La Poste em sociedade anônima continua.

Mias de 2,1 milhões de pessoas participaram do referendo informal, e mais de 90% delas respondeu "não" à pergunta: "O governo quer mudar o status do La Poste para privatizá-lo. Você está de acordo com este projeto?".

De posse dos resultados, os organizadores da consulta pediram ao governo que congele o projeto e convoque um referendo formal.

O governo francês apresentará em novembro um projeto de lei ao Parlamento que prevê transformar o La Poste em sociedade anônima de capital público a partir de 2010, antes da abertura total do setor para a concorrência na União Europeia (UE) em 2010."

Qualquer semelhença com a privatização da ECT não é mera coincidência. Lula e seu amigo Nicolas Sarkozy obedecem as ordens do mercado financeiro mundial.

domingo, 27 de setembro de 2009

CTB manobra assembléia e acaba com greve de São Paulo.

CTB manobra assembléia e acaba com greve de São Paulo.
Pelegos ignoraram decisão de manter a greve e declararam a greve encerrada. Deixaram a Praça da Sé escoltados.

• Na sexta-feira, dia 18, o presidente Lula deu seu recado aos sindicalistas governistas, exigindo “coragem” para acabar com a greve. No mesmo dia, os sindicalistas da CTB no Rio de Janeiro cumpriram a ordem do presidente. O sindicato de São Paulo demorou um pouco mais, mas, nesta quinta-feira, repetiu as manobras feitas no Rio de Janeiro e em outros lugares, como Mato Grosso do Sul, e declararam a greve simplesmente "encerrada".

A assembleia foi um ataque à democracia e um desrespeito com a categoria, que lotou a praça da Sé em cada um dos nove dias de greve. Primeiro, a CTB chamou o advogado do sindicato, para que este apresentasse os perigos de continuar com a greve. Foi uma preparação para o que viria depois, uma tentativa de estabelecer o medo de punições entre os trabalhadores.

Depois, os dirigentes do sindicato, que fizeram discursos inflamados durante vários dias, deixaram cair sua última máscara e mostraram que também são aprendizes de feiticeiros. Defenderam a proposta inicial da empresa, de acordo de dois anos, com 9% de reajuste nesse período, que os trabalhadores haviam rejeitado diversas vezes. Para isso, chegaram a mentir aos trabalhadores, garantindo que se aprovassem, não haveria o desconto dos dias parados. Algo que não foi dito nem pela empresa nem pelo governo. Ao contrário, o próprio Lula, em seu recado, havia ameaçado com o corte do ponto.

Pelego, pelego!
Mesmo com a pressão, os trabalhadores mostraram que têm coragem para seguir lutando. A maioria levantou os braços, aprovando a continuidade da greve, pelo acordo anual e pelo aumento de R$ 300, defendida no carro de som pelo representante da Oposição Nacional Conlutas, Geraldinho Rodrigues.

Mesmo com cerca de 60% aprovando a continuidade da greve, os dois dirigentes do sindicato declararam a greve encerrada e desligaram o carro de som. A reação dos trabalhadores foi imediata: uma chuva de vaias e protestos. Os mais calmos chamavam os sindicalistas de pelegos. Os mais exaltados, gritavam todo tipo de palavrão para mostrar sua revolta. Alguns trabalhadores, de setores onde a CTB dirige, se revoltaram e partiram pra cima dos pelegos. O principal dirigente do sindicato levou um murro no rosto, assim que desceu do carro de som, e os traidores tiveram de deixar a Praça da Sé escoltada por seguranças.

Para Geraldinho Rodrigues, “O PCdoB desmontou a greve, mesmo quando havia forte disposição para seguir adiante. Repetiu o que a CUT fez com os metalúrgicos do ABC, aceitando o acordo rebaixado sem lutar. No final, mostraram mais uma vez que são agentes do governo”.

Ao final, um grupo de trabalhadores se reuniu com a Oposição Conlutas, para avaliar a assembleia e discutir a melhor forma de denunciar o que havia ocorrido para os demais trabalhadores. O clima de revolta com o sindicato era grande entre todos. “A traição da CTB foi vergonhosa. Quem estava na assembleia, saiu revoltado. Além de lutar contra a direção da empresa, que quer privatizar os Correios, temos de construir uma forte oposição, que derrote essa burocracia traidora, que obedece ao governo”, afirma Geraldinho.

Ainda nesta quinta-feira, o sindicato de Rondônia também aprovou o acordo com a empresa. Nesta sexta-feira, outros sindicatos, como os de Brasília, Campinas e Pernambuco, avaliam se permanecem em greve.

VEJA O VÍDEO LULA X TRABALHADORES DOS CORREIOS:
http://www.youtube.com/watch?v=Cuk-IxGmiJg&feature=player_embedded

Resposta ao Jornal O Globo.

Resposta ao Jornal O Globo, sobre a matéria abaixo.

A propósito da afirmação do representante da Federação, Sr. José Rivaldo - na matéria “Greve dos Correios está praticamente encerrada”, de 25/9 -, de que haverá um impasse jurídico, caso não seja atingido o número mínimo de sindicatos concordantes com a proposta da ECT, devo dizer que discordo categoricamente, uma vez que tal afirmação não corresponde com a verdade e ele sabe perfeitamente disso.

O estatuto prevê, nesse caso, a convocação de uma Plenária Nacional com participação de trabalhadores eleitos - na proporção 1/1000 - em assembléias de base de cada sindicato filiado a FENTECT. A Plenária deverá ser convocada nos próximos dias pela diretoria colegiada, pelo Comando de Negociações ou por um terço dos sindicatos filiados.

Nesta Plenária Nacional a categoria irá decidir definitivamente. No entanto, uma decisão já é certa: em hipótese alguma será aceito um acordo coletivo com validade para dois anos e nem banco de horas. Também não vamos abrir mão de reivindicar aumento real nos salários nas próximas campanhas salariais, como quis impor o ministro instrutor do TST em audiência de conciliação.

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2009.

Atenciosamente,
Heitor Fernandes
Diretor da FENTECT, pela Oposição Nacional Conlutas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Greve dos Correios está praticamente encerrada... MAS A LUTA CONTINUA!

Greve dos Correios está praticamente encerrada
Publicada em 25/09/2009 às 20h07m
Mônica Tavares

BRASÍLIA - Até o início da noite desta sexta-feira 16 dos 35 sindicatos filiados a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) decidiram voltar ao trabalho e aceitar a proposta da empresa. E os trabalhadores de mais cinco sindicatos - Alagoas, Tocantins e Santa Catarina, Mato Grosso e Paraíba também finalizaram o movimento, porém preferiram a proposta apresentada na última quinta-feira pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Terminou na prática a greve dos Correios.

Segundo informações da assessoria da ECT, encontram-se atrasadas em todo o país 341,6 mil encomendas e 59,5 milhões de correspondências. A estimativa da ECT é de que sejam necessários 10 dias para colocar em dia a entrega da carga postal atrasada em Brasília.
No Rio, a greve já havia sido encerrada na semana passada. O sindicato de Uberaba (MG) não aderiu ao movimento. Está marcada para esse sábado a assembléia dos funcionários do Ceará. As informações foram dadas pela Fentect e pela assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

A proposta dos Correios prevê um reajuste de 9% retroativo a agosto de 2009 e R$ 100,00 a partir de janeiro de 2010. Para a assinatura do acordo, é preciso que 18 sindicatos aceitem a proposta. O representante da Federação José Rivaldo disse que se não for atingido o número mínimo haverá um impasse jurídico, que precisará ser resolvido no âmbito da Fentect.
Os funcionários dos Correios do Distrito Federal, que foi um dos sindicatos que decidiu pelo fim da greve nesta sexta-feira, estão retornando ao trabalho a partir da zero hora deste sábado.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Correios: Lula dá recado e sindicatos da CUT e CTB tentam acabar greve. SP e DF atropelam direções sindicais governistas!

Após orientação do governo Lula, na sexta-feira (18), a CTB conseguiu através de muitas manobras retirar os sindicatos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e de Santos da greve. E nesta segunda-feira (21) tentou retirar São Paulo e Brasília. Nos dois últimos casos os trabalhadores mostraram que não estão dispostos a aceitar o acordo de dois anos e votaram pela continuidade do movimento.

Com essas decisões, a greve nacional continua forte. Forte, mesmo com as manobras da burocracia sindical que tenta acabar a paralisação, impondo assim uma derrota aos trabalhadores.

A categoria aprovou uma contraproposta na assembléia de sexta-feira e é esta proposta que pretende que o comando apresente à empresa. “Os trabalhadores não querem ver os sindicatos defendendo a proposta da empresa e sim a sua”, diz o diretor da Fentect pela Oposição Nacional Conlutas, Geraldinho.

Segundo Geraldinho, existem sim problemas políticos em uma parte significativa da direção do movimento dos Correios. “Uma direção que vacila por ter relações diretas e ser atrelada aos interesses de alguns partidos que compõem o governo, como o PT e o PCdoB”, ressalta o dirigente.

Ele acredita ainda que a greve se mantém forte em São Paulo, Brasília, no Rio Grande do Sul, no Nordeste e na maioria dos estados. “Sendo assim podemos retomar a paralisação onde por ventura acabou o movimento”, comenta Geraldinho.

Infelizmente, o presidente Lula deu mais uma demonstração de que os anos no poder o fizeram mudar de lado. O dirigente sindical que foi reconhecido no mundo todo como líder das greves contra a ditadura, agora como presidente da República se rende ao apoio de políticos corruptos como os senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, inimigos conhecidos do povo brasileiro e dos trabalhadores dos Correios.

O presidente Lula chama de covarde uma categoria que trabalha em uma das maiores empresas deste país e tem um piso salarial de R$ 648,15. “A resposta dos trabalhadores foi dada nas assembléias com ampla participação dos setores que estão parados e passando por cima da diretoria do sindicato que defendeu o fim da greve”, diz Geraldinho confiante no movimento.

domingo, 20 de setembro de 2009

LULA: "COVARDE" É QUEM SE RENDE A SARNEY E COLLOR PARA SE MANTER NO PODER

TODO APOIO A HERÓICA GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS

LULA: "COVARDE" É QUEM SE RENDE A SARNEY E COLLOR PARA SE MANTER NO PODER

Infelizmente, o presidente Lula deu mais uma demonstração de que os anos no poder o fizeram mudar de lado. Antes, um dirigente sindical que foi reconhecido no mundo todo como líder das greves contra a ditadura. Agora, um Presidente da República que esquece o passado de lutas e ataca a justa greve de uma categoria que constrói no dia a dia uma das maiores empresas deste país e tem um piso salarial de R$ 648,15.

Lula chamou os dirigentes da greve dos Correios de COVARDES. Em que pese todas as nossas diferenças com uma ala governista no comando da greve, repudiamos esta atitude absurda de atacar pela imprensa a direção de nosso movimento justo e legítimo.

Achamos sim uma atitude "covarde" do presidente Lula quando ele se rende ao apoio de figuras tão ligadas a corrupção. Como os senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, inimigos conhecidos do povo brasileiro e dos trabalhadores dos Correios. E ataca os trabalhadores para impor um acordo de dois anos para que não tenham Campanha Salarial em 2010 e não atrapalhe a tentativa de eleger sua sucessora Dilma Roussef.

Perguntamos ao presidente: quem mudou de lado? Porque esta maioria parlamentar não serviu nos últimos sete anos de governo para acabar com o famigerado fator previdenciário? Para reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários? Para revogar a lei de FHC que quebrou o monopólio do petróleo brasileiro? Para garantir um reajuste digno aos aposentados? Para garantir a estabilidade no emprego que poderia ter evitado mais de 1 milhão de novos demitidos no primeiro semestre deste ano?

Porque a "covardia" não está nos trabalhadores dos Correios. Está sim no Governo Lula que não atende nenhuma reivindicação histórica da classe trabalhadora e não enfrenta de verdade os interesses da burguesia e seus partidos de direita.

Existem sim problemas políticos em uma parte significativa da direção do nosso movimento, que vacila em alguns momentos. Mas em nossa opinião não é por covardia, mas sim porque uma parte do Comando tem relações diretas e são atrelados aos interesses de alguns partidos que compõe este governo, como o PT e o PCdoB.

Para estes, fazemos um chamado sincero: Rompam com este governo "covarde" que só protege os grandes empresários. E vamos construir nossa greve nacional, mantendo a greve forte em SP, em Brasília, no RS, no Nordeste e na maioria dos Sindicatos da FENTECT e retomando a greve nos Estados que por ventura saíram do movimento.

REPUDIAR OS MEMBROS DA ARTICULAÇÃO E CTB QUE ORIENTARAM A ASSINATURA DO ACORDO!

QUE O RIO DE JANEIRO VOLTE A GREVE!

DISCUTIR UMA CONTRA-PROPOSTA!

NÃO AO CORTE DO PONTO. PELO ABONO DOS DIAS PARADOS!

ACORDO BIANUAL É ARROCHO SALARIAL!

Assinam: Geraldo Rodrigues e Heitor Fernandes, dirigentes da FENTECT pela Oposição Nacional Conlutas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Cordel do Nando Poeta a GREVE DOS CORREIOS COM LUTAS.


GREVE DOS CORREIOS COM LUTAS

Os Correios tem que ser
100% estatal
Proposta que privatiza
Do governo federal
Xerocando FHC
Lula vai se dando mal

Os Correios S.A
Governo faz a proposta
Entrega o que é público
Na privada ele aposta
Amplia terceirizada
Já sabemos é uma bosta.

Agora pra “inovar”
Campanha salarial
Acordo que é proposto
Pra tempo bianual
É um golpe disfarçado
Pra arrocho salarial.

Queremos é anual
Pois mudar regra do jogo
É ataque a quem trabalha
É greve pegando fogo
Acordo é pra todo ano
Da luta é o nosso logo.

Empresa e o governo
No controle do correio
Aperta trabalhador
Que vive no aperreio
Se for de dois em dois anos
Será papel muito feio.

Com trinta e três sindicatos
A greve começou forte
Por isso não aceitamos
Direito sofrer mais corte
Pela campanha anual
Brigaremos até a morte.

Não iremos aceitar
A proposta de dois anos
A greve é nossa força
Ela vai melar os planos
Rebaixar nossos direitos
É agir como tiranos.

A categoria unida
Rejeita em todo país
Armadilha da empresa
Parte do comando quis
Mas a base se rebela
Contra proposta infeliz.

Se diz que a crise passa
Então suba o salário
Em vez de salvar banqueiro
Agiota salafrário
Pegue o dinheiro invista
Quem sofre ataque diário.

Em ano eleitoral
Querem fugir da pressão
Da base mobilizada
Que exige proteção
Se governo faz a merda
Terá troco em eleição.

Queremos que nossa luta
A base forte decida
Cuidado quem for pelego
União é inseticida
Trabalhador do correio
Lutando melhora a vida.

Estamos forte, unido
Nesse grande movimento
Pois carteiro e os demais
Não agüenta mais tormento
O governo e a empresa
Deixe já o seu lamento

CTB e CUT traem trabalhadores do Rio e impõem o fim da greve.

Vinte e dois sindicatos decidem continuar a greve nacional nos Correios.
CTB e CUT traem trabalhadores do Rio e impõem o fim da greve.


Heitor Fernandes, Rio de Janeiro.

Na noite de sexta feira, 18/9, após uma passeata com mais de 1.500 trabalhadores, a direção do sindicato do Rio de Janeiro, dirigido pela CTB, operou uma infinidade de manobras e impôs a aceitação do acordo coletivo com validade para dois anos e o fim da greve, anunciando uma possível derrota sem precedentes na história do movimento sindical nos correios.

Já na assembléia da noite anterior a CTB e a CUT queriam aceitar o acordo bianual e acabar com o movimento. Os dirigentes do sindicato anunciaram na imprensa o fim da greve e percorreram os locais de trabalho intimidando e ameaçando os trabalhadores que bravamente garantiam os piquetes. Com argumentos mentirosos diziam que a greve estava fraca em todo o país e só no Rio de Janeiro a proposta estava sendo recusada. Insultavam os militantes da Oposição Nacional Conlutas de todas as formas diante de nossa intransigente defesa contrária ao acordo bianual e nossa organização de centenas de trabalhadores enfurecidos que entoavam a palavra de ordem: “Dois anos não, sindicato pelegão!”

Um diretor do sindicato conhecido como Azevedo agrediu um militante da Conlutas com coices e cabeçadas quando este subiu no carro de som para dividir a fala com um trabalhador de base. Outro diretor conhecido Cláudio Lobinho, tirou sua pele de cordeiro e percorreu os Centros de Distribuição na Zona Oeste ameaçando os carteiros nos piquetes dizendo que ele estava garantido e “blindado” por ser diretor do sindicato, mas “a base tinha mais é que se foder”.

Repetindo o discurso que aprenderam no curso em parceria com o diretor regional dos Correios do Rio, os diretores do sindicato Ronaldo Leite, Marcos Sant'águida, Anizio e Cláudio Lobinho ameaçavam que os dias seriam descontados e mentiam que a ECT já tinha entrado com ação no TST.

Na manhã de sexta-feira a direção do sindicato percorreu os locais de trabalho com baixa adesão à paralisação, convocando para a passeata os trabalhadores que furavam a greve. Durante a passeata os militantes da Conlutas foram impedidos de subir no carro de som, somente a CUT e CTB. Com o cartão de ponto batido os trabalhadores foram liberados pelos chefes e rumaram para a assembléia realizada na Cinelândia. Após o fim da passeata, onde só foram permitidas dez falas no carro de som, sendo seis da CUT-CTB favoráveis ao acordo bianual e quatro contrários, dentre estes um da Conlutas.

Pela imprensa a diretoria do sindicato já declarava o previsto fim da greve e afirmava que precisaria “explicar” a proposta à categoria, mas era apenas o ardil necessário para acabar com a greve. Confusos e sem as “explicações” prometidas dois terços dos trabalhadores presentes na assembléia caíram na cilada armada pela direção do sindicato e votaram pela aceitação do nefasto acordo bianual e saída da greve.

O objetivo da CTB e CUT está muito claro: assinar um acordo com validade de dois anos, para que no ano que vem não ocorra nenhum conflito dos trabalhadores com o governo Lula e sua candidata a presidente da república e demais candidatos.

Outro objetivo dos sindicalistas governistas é facilitar o projeto da direção da ECT e do governo na transformação da empresa em Correios S/A. O diretor do sindicato Marcos Sant'águida, já está sendo chamado de “Marquinhos S/A”, pois é um ferrenho defensor da transformação da ECT em sociedade anônima. Já está claro que o objetivo entre os sindicalistas governistas é pegar uma boquinha como membros do Conselho de Administração da nova empresa privatizada. Pois, conforme o parágrafo único do artigo 40 da Lei das S/A (6.404), incluído por FHC e mantido por Lula, está prevista a “participação no conselho de representantes dos empregados, escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais que os representem.”

Sabemos que luta de classes é dinâmica e história se repete como farsa ou como tragédia. Este pretenso acordo coletivo bianual, se implantado, poderá se tornar um modelo para as demais categorias em luta, como bancários, petroleiros, metalúrgicos, o que seria uma derrota imposta pelo governo de frente popular ao conjunto dos trabalhadores brasileiros.

Caso as direções da CUT e CTB tivessem realmente compromisso com os interesses da classe trabalhadora a postura mais coerente seria a convocação de nova assembléia para retomada e fortalecimento da greve que se mantem forte e resistente na maioria dos 35 sindicatos dos trabalhadores dos Correios.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presidente pelego ameaça e chama trabalhadores de covardes!

Presidente pelego ameaça e chama trabalhadores de covardes!

Lula diz que proposta para acabar com greve dos Correios é razoável
da Agência Brasil - 18/09/2009 - 20h53

Em visita ao Rio Grande do Sul para lançar a obra de duplicação da BR-448, na região metropolitana de Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as críticas que recebeu de um grupo de funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), que estão em greve desde a última terça-feira.

O grupo esteve presente na solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras, com faixas em protesto contra o presidente. Enquanto Lula falava, os manifestantes gritavam: "Carteiros, na rua, Lula, a culpa é sua".

Lula rebateu: "A proposta para os Correios é razoável e eu acho que a vanguarda deveria se curvar diante da vontade da maioria, porque a assembleia que decidiu pela greve não tinha mais que cem pessoas lá em Brasília. Eu conheço essa história. Eu conheço lideranças covardes que são capazes de gritar greve e não são capazes de dizer que está na hora da gente voltar a trabalhar".

O Comando Nacional de Greve informou que 27 dos 35 sindicatos representativos dos empregados rejeitaram a proposta de reajuste imediato de 9% e aumento linear de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, oferecida pela empresa. O acordo valeria por dois anos, com o compromisso de não haver desconto dos dias parados se os empregados retornassem ao trabalho. Hoje, a Empresa de Correios e Telégrafos resolveu recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra a greve.

O presidente disse ainda que houve ganho salarial para a categoria em seu governo e que não há razão para o movimento grevista. "Os companheiros dos Correios sabem que praticamente no meu governo nós dobramos o valor salário. Portanto, é importante que a vanguarda do movimento, em nome das diferenças políticas, não levem os trabalhadores e as trabalhadoras a prejuízos salariais, porque na hora que começar a descontar o dia, as pessoas vão perceber que o sonho de querer tudo termina não tendo nada", disse o presidente.

"O bom dirigente sindical é aquele que tem coragem de começar uma greve, mas tem coragem de acabar a greve quando ele percebe que está pronto para a acabar a greve. Aquele dirigente sindical que faz uma greve e depois não sabe como acabar, fica pedindo aquilo que está além das possibilidades, apenas para dizer que vai continuar a greve, pode levar os trabalhadores a prejuízos enormes no final das contas", afirmou.

No palanque estavam políticos do PT que vieram do movimento sindical e que foram citados pelo presidente. "Aqui neste palanque tem alguns dos melhores dirigentes sindicais que este país já teve", disse Lula, citando o senador Paulo Paim, que dirigiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, município da Grande Porto Alegre, e o ex-ministro das Cidades Olívio Dutra, que dirigiu o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul.

Durante todo discurso de Lula, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente. De acordo com o comando nacional de greve, dos 35 sindicatos da categoria 29 estão em greve e que todos os requisitos da lei de greve estão sendo cumpridos. A categoria pede reajuste salarial de 41,03% e aumento de R$ 300 no piso da categoria, vale-alimentaçã o de R$ 30 e auxílio cesta básica de R$ 250, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso.

Leia mais notícias sobre greves
Em audiência, TRT propõe reajuste de 8,3% para metalúrgicos da GM
Cinco sindicatos aprovam proposta dos Correios e voltam ao trabalho
Correios recorrem ao TST para acabar com a greve


Fonte: http://www1. folha.uol. com.br/folha/ dinheiro/ ult91u626156. shtml

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

17/09/2009 - 19h08
Assembléias nos Estados decidem que greve dos Correios continua
Guilherme Balza*Do UOL NotíciasEm São Paulo

Atualizado às 21h18As assembleias realizadas nesta quinta-feira (17) por trabalhadores dos Correios decidiram manter a categoria em greve por tempo indeterminado. Dos 35 sindicatos filiados à Fenact (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), em 21 os funcionários decidiram manter a paralisação, de acordo com Emerson Vasconcelos da Silva, da comissão de negociação.

Funcionários dos Correios, reunidos em assembleia em frente o Ministério das Comunicações, em Brasília, rejeitam a contraproposta apresentada pela empresa e decidem manter a greve.
Veja a imagem ampliada e mais fotos da greve
Leia outras notícias desta quinta-feira

Os trabalhadores dos sindicatos restantes decidirão entre hoje e amanhã se continuam em greve. Mesmo assim, o número mínimo de votos - 18 do total de sindicatos - já foi alcançado. Decidiram seguir paralisadas as regionais do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Vale do Paraíba (SP).

Entre outras reivindicações, eles exigem reajuste salarial de 41,03%, aumento de R$ 300 no piso da categoria, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso.

A estatal apresentou ontem aos trabalhadores sua contraproposta, oferecendo reajuste salarial de 9% em acordo bianual, reajuste linear de R$ 100, aumento no valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 21,50 por dia e no vale-transporte de R$ 110. Os Correios têm 116 mil trabalhadores em todo o país. "Também não queremos acordos válidos só por dois anos", diz Silva.

Segundo o sindicalista, quatro dos sete integrantes dos trabalhadores na comissão de negociação negaram a proposta e iriam redigir o informe indicando aos sindicatos regionais a continuação da greve. No entanto, os outros três membros, ligados ao PT e ao PCdoB, "atravessaram" e enviaram o comunicado pelo fim da greve, o que acabou "rachando" a comissão.

Correios podem ir a TST
Se for confirmada a continuação da greve pelos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), esta deverá pedir ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que decrete a abusividade da paralisação
Leia a notícia completa

Por volta de 65% dos profissionais da categoria aderiram à greve, de acordo com o sindicalista. A maioria dos trabalhadores paralisados são entregadores, motoristas, operadores de triagem, funcionários de agências, motoqueiros, entre outros.

Como evitar transtornos
Para evitar transtornos com a greve, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) orienta as empresas a disponibilizarem outros canais para que as contas que chegam por intermédio dos Correios sejam pagas, além de informar os clientes sobre a medida.

Segundo o Procon, os consumidores também têm a responsabilidade de procurar a empresa e descobrir meios de pagar as contas. "Não é porque a conta não chegou que o cliente não tem que pagar, mas as empresas têm que disponibilizar novos meios e avisá-los", afirma Fátima Lemos, assistente de direção do Procon.

Caso o cliente não receba a correspondência e não haja tempo hábil para efetuar o pagamento de outro modo, a empresa não deve cobrar multa e juros, de acordo com Lemos. "O mais certo é pagar uma segunda via sem multa e juros."

* Com informações da Agência Estado

Os sindicatos não aceitam negociar o reajuste por dois anos.

Funcionários dos Correios mantêm paralisação
GERUSA MARQUES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Funcionários dos Correios, em greve desde a noite de terça-feira, decidiram hoje manter a paralisação por tempo indeterminado. A proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo (ECT), de reajuste salarial de 9%, foi recusada por 20 sindicatos, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect).

Os sindicatos não aceitam negociar o reajuste por dois anos, como quer a ECT. "Não vamos ficar um ano sem discutir nada, só porque é um ano eleitoral", disse um dos integrantes do comando de greve da Fentect, Emerson Vasconcelos da Silva. A Fentect questiona também o acréscimo de R$ 100 ao piso salarial de R$ 640 proposto pela ECT para ser pago a partir de janeiro de 2010. "Queremos aumento já, e R$ 100 é muito pouco", disse Silva. A categoria pediu um acréscimo de R$ 300. "Não fazemos apenas reivindicações econômicas, queremos também condições de trabalho", afirmou.

Segundo balanço divulgado pela Federação, somente o sindicato de Bauru (SP) votou pelo fim da greve. A proposta da ECT foi rejeitada pelos sindicatos do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Vale do Paraíba (SP).

POSIÇÃO DA OPOSIÇÃO NACIONAL CONLUTAS sobre a proposta da ECT

MOTIVOS PARA REJEITARMOS A PROPOSTA REBAIXADA DE ACORDO SALARIAL DE 2 ANOS

1. Existe uma crise econômica internacional que também atingiu o Brasil e que pode levar a um aumento da inflação no ano que vem. Um reajuste rebaixado agora, com um aumento real muito pequeno, pode ser rapidamente desvalorizado, e o que é pior: estaremos abrindo mão de lutar por um reajuste digno em 2010. Se dividirmos os valores por 2, veremos que é pouco. Se a ECT pode dar 9% agora, temos que forçar para o acordo ser por um ano.

2. Em 2010 acontecerão as eleições presidenciais, e em anos como estes aumenta o nosso poder de pressão sobre o governo e a direção da empresa para arrancarmos reajustes maiores e mais conquistas de direitos.

3. Nossa greve começou muito forte, com 33 sindicatos aderindo do total de 35 filiados a FENTECT e ela vem crescendo. Por isso, a direção da ECT que enrolou durante os últimos meses, logo no primeiro dia da greve apresentou uma nova proposta, ainda bastante aquém das nossas necessidades. Se mantivermos o movimento iremos arrancar mais direitos.

4. Foi esse o movimento que fizeram os metalúrgicos em várias regiões do país e em grandes empresas como na Honda e na Toyota: arrancaram um reajuste de 10% e no Paraná arrancaram 8,53% de reajuste e mais um abono de R$ 2.000,00, ambas propostas somente para este ano.

5. É neste momento que os trabalhadores dos Correios devem confiar somente na força da sua mobilização. Não podemos confiar nem no Governo Lula e nem na direção da empresa, que querem jogar mais uma vez nas costas dos trabalhadores os ônus da crise econômica.

6. Chamamos a direção do nosso Sindicato e a maioria da direção da FENTECT para que confiem na força da greve de nossa categoria, e oriente pela REJEIÇÃO DESTA PROPOSTA BIANUAL, que além de ser rebaixada é uma armadilha para os trabalhadores, porque nos amarram a ficar por dois anos sem nenhuma correção salarial e será o tempo necessário para o governo Lula e a direção da empresa transformar a ECT em Correios S/A gerando milhares de demissões, terceirização e queda na qualidade de serviços prestados a população. Defendemos toda unidade de ação possível para derrotarmos o projeto Correios S/A.

Neste sentido, a proposta da Oposição Nacional Conlutas é defender nas assembléias de hoje, que não seja aprovado nem um acordo bianual e buscarmos construir e apresentar esta mesma proposta valendo somente para o Acordo Coletivo 2009, com validade para somente 01 (um) ano, sem nenhum desconto ou compensação dos dias parados.

domingo, 13 de setembro de 2009

Costa encaminha a Lula proposta de nova Lei Postal
GERUSA MARQUES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje que pretende encaminhar ainda hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na audiência que terá daqui a pouco no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), a minuta de uma nova Lei Postal, com um plano de modernização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A proposta, se aprovada pelo presidente, seria encaminhada ao Congresso na forma de Medida Provisória.

"Temos que colocar os Correios rapidamente competitivos com outras empresas do setor", disse o ministro, lembrando que a ECT manteve apenas o monopólio de correspondências comerciais e cartas particulares e sofre a concorrência de grupos internacionais no setor de entrega de encomendas e volumes.

Segundo ele, a modificação da lei tem o objetivo de criar uma logística adequada para os Correios, com preços competitivos e atuação em todo o território nacional. Entre as medidas está a implantação do Correio híbrido, para otimizar o processo de entrega.

O Correio híbrido permite, por exemplo, que uma fatura seja enviada de uma região do País para outra por meio eletrônico, reduzindo gastos com transporte aéreo e rodoviário. Esta fatura seria impressa na unidade dos Correios mais próxima do endereço do destinatário.

Outra intenção com a nova Lei Postal é tornar a estatal mais participativa no projeto do Banco Postal, hoje administrado em parceria com o Bradesco. "Queremos fazer uma operação mais conveniente, mais lucrativa", afirmou o ministro, sem dar mais detalhes.

A modernização dos Correios prevê inclusive, segundo Costa, a possibilidade de atuar em outros países, o que hoje não é permitido. "Se houver essa abertura, os Correios podem ter subsidiárias em outros países, assim como o Banco do Brasil tem e a Petrobras tem", explicou.

O ministro procurou ressaltar a estabilidade da ECT, que tem apresentado lucro por quatro anos consecutivos. "Este ano, até agora, os Correios estão com um lucro operacional de quase R$ 1 bilhão, o que é muito importante porque todos os correios do mundo estão passando por dificuldades", afirmou.

Hélio Costa disse ainda que em cerca de 30 dias os Correios devem retomar a licitação para substituir as 1.429 franquias da estatal. A licitação havia sido lançada em maio deste ano e foi cancelada em julho para ajuste no edital. O ministro não previu um prazo para a edição da MP, mas disse que o presidente da República quer que as medidas de modernização estejam prontas para ser implantadas até o fim do ano.

sábado, 12 de setembro de 2009

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.
INFORME – 019, Brasília, 10 de setembro de 2009.


AOS SINDICATOS FILIADOS
Companheiros(as),

No dia de ontem, 09/09/09, estivemos na ECT para mais uma reunião de negociação do ACT 2009/2010, onde fomos recebidos pela Comissão de Negociação da ECT e pelo Diretor de Recursos Humanos Pedro Bifano, que nos informou do interesse da empresa, após consulta a órgãos externos, em apresentar uma proposta de Cláusulas Econômicas com validade de dois anos e outra de um ano.

O Comando Nacional de Negociação dos trabalhadores manifestou sua insatisfação com o fato de, até o momento, a ECT não ter apresentado uma proposta que traga avanços significativos para a categoria, e que o acordo com validade de dois anos não está em questão, lembrando aos representantes da empresa que toda e qualquer proposta apresentada pela ECT será objeto de debate com a categoria nas Assembléias no próximo dia 15/09/2009.

No período da tarde de hoje, 10/09/09, por volta das 16hs, voltaremos para a ECT, para mais uma reunião. Ressaltamos a importância dos Sindicatos mobilizarem a categoria para as Assembléias do próximo dia 15, e prepararem a greve.

“Direito não se tira, se amplia”
“Nenhum direito a menos, queremos mais”.

Saudações Sindicais,
Comando Nacional de Negociações e Mobilização 2009/2010

terça-feira, 8 de setembro de 2009

INFORME – 018, Brasília, 08 de setembro de 2009.

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.

INFORME – 018, Brasília, 08 de setembro de 2009.
AOS
SINDICATOS FILIADOS

Companheiros(as),
Em cumprimento ao calendário de reuniões deste Comando de Negociações com a Comissão de Negociações da ECT, previstas para os dias 08, 09, 10 e 11 de setembro/09, estivemos na ÚNICO na data de hoje para darmos continuidade às negociações do ACT 2009/2010. Porém, em mais uma atitude de falta de respeito e descaso para com a categoria, os representantes da Empresa sequer compareceram à Mesa de Negociação.

A ECT, através de seu Coordenador, Lúcio Braga, apenas nos recebeu para informar que não existe outra proposta a ser apresentada e que as reuniões estão suspensas. O senhor Lúcio disse ainda que a Direção da Empresa se manifestará posteriormente.

Novamente, reiteramos a necessidade de intensificarmos a mobilização em todo o país e prepararmos a Greve Nacional da categoria. A Direção da ECT não está deixando outra alternativa aos Trabalhadores(as), a não ser a GREVE.

“Direito não se tira, se amplia”
“Nenhum direito a menos, queremos mais”.
Saudações Sindicais,

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta da ECT e aprovam estado de greve!

Campanha salarial dos Correios 2009/2010
Os trabalhadores dos Correios realizaram assembléia nacional nesta última quarta feira (2) e rejeitaram a proposta rebaixada apresentada no último dia 27 de reajuste salarial de 4,50%, referente ao índice do IPCA de agosto de 2008 a julho de 2009. A proposta elevaria o salário base de R$ 648,12 para R$ 677,28. O mesmo índice seria aplicado aos demais benefícios como: auxilio para filhos portadores de necessidades especiais, gratificação de quebra de caixa com banco postal, reembolso creche ou reembolso babá, vale alimentação/refeição, vale cesta e reembolso do vale transporte.Além de rejeitar a proposta, os trabalhadores aprovaram o estado de greve a partir de zero hora desta quinta-feira (3) e o indicativo de greve a partir no mesmo horário dia 16.

A próxima assembléia da categoria será dia 15 de setembro. Com isso a empresa tem menos de oito dias para apresentar ao comando da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores) dos Correios uma contra proposta. A avaliação será feita na assembléia do dia 15 de setembro, prazo limite das negociações entre empresa e trabalhadores.Nas assembléias os trabalhadores demonstraram muita disposição para lutar, caso a empresa insista em não atender as reivindicações.Além dos salários baixos, os trabalhadores dos Correios enfrentam hoje as péssimas condições de trabalho, a repressão absurda nos setores e muito assédio moral.

Outra grande preocupação é a proposta da Correios S/A apresentada pelo governo Lula através do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) e o PL 3677/08, de autoria do deputado Reges de Oliveira (PSC-SP), que quebra o monopólio da empresa.

Algumas das principais reivindicações da categoria são:
- Reposição de 41% das perdas salariais;
- Aumento real linear de R$ 300,00 para todos;
- Manutenção do cargo de motorista e do setor de transporte;
- Fim das metas, dobras e sobrecarga de serviço;
- Redução da jornada sem redução salários e direitos;
- Fim das terceirizações e privatização; e
- Não aos correios S/A, em defesa dos correios 100% público e estatal.

Conlutas no Grito dos Excluídos

Manifestações contra Sarney marcam 07 de Setembro
Seg, 07 Set, 07h10

Em Brasília, São Paulo e no Recife, as comemorações do 7 de Setembro foram marcadas por protestos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na Esplanada dos Ministérios, cerca de 150 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, romperam uma das grades de segurança, invadiram o gramado e conseguiram chegar a menos de cem metros do palanque onde estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado.

"Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota", gritavam os manifestantes, em sua maioria estudantes de escolas secundárias e da Universidade de Brasília (UnB). Com as caras pintadas e narizes de palhaço, muitos carregavam cartazes e faixas com frases de efeito. Sarney não compareceu ao desfile para, segundo sua assessoria, descansar em São Luís (MA).

Em São Paulo, cerca de 300 pessoas ligadas ao movimento Fora Sarney reuniram-se na Avenida Paulista, perto da Alameda Casa Branca, por volta das 15 horas, também para protestar contra o senador. No Recife, a 15ª edição do Grito dos Excluídos serviu de palco para manifestações. No entanto, os pedidos de "fora Sarney" e pelo fim do Senado foram feitos apenas por integrantes da central sindical Conlutas e dos partidos políticos PSTU e PSOL.

Quando o grupo chegou, com faixas vermelhas e folhetos, o Grito dos Excluídos já havia iniciado a caminhada de cerca de dois quilômetros da Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, à Igreja do Carmo, na área central da cidade. Os manifestantes contrários a Sarney se posicionaram no final da passeata, que começou com mil pessoas e encerrou o trajeto com duas mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar.
Representantes Sindicais do SINTECT-RJ tomaram posse dia 05/09.

Na reunião de posse dos delegados sindicais do SINTECT-RJ, realizada no sábado, 05/09, compareceram mais de 150 trabalhadores dos 326 delegados eleitos entre titulares e suplentes.
Após um importante debate sobre a conjuntura e a campanha salarial, foi eleita a Coordenação do Conselho de Representantes Sindicais, representando a OPOSIÇÃO CONLUTAS foi eleito Wagner Cerqueira, atendente comercial, lotado na AC-Vilar dos Teles.

A próxima assembléia decisiva será na 3ª feira, 15/09, às 18:00 no CTP. E às 22:00h, após a assembléia serão realizadas reuniões nos seguintes locais de trabalho, conforme aprovado pelos representantes sindicais:

- CTC-Cidade Nova
- CTC-Nova Iguaçu
- CTC-Benfica
- CTE-Benfica
- TECAI.

Todos à Assembléia para aprovação da greve nacional por tempo indeterminado!
Correios: primeira vitória contra o fim do monopólio

• Na primeira batalha, os trabalhadores dos Correios saíram vitoriosos. Uma votação do Supremo Tribunal Federal confirmou no último dia 5 de agosto, por 6 votos a 4, a constitucionalidade do monopólio da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) sobre os serviços postais do país. Foi o desfecho do julgamento iniciado em 2005.Em mais uma luta histórica, os trabalhadores dos Correios demonstraram a sua força. A categoria, através dos carteiros, atendente, motoristas, OTT (Operador de Triagem e Transbordo), e até a parte administrativa, fizeram um grande esforço e mais de 1200 trabalhadores de todo o país foram acompanhar o julgamento em Brasília. Algumas delegações viajaram mais de 20 horas para acompanhar o julgamento.

Quando os ministros chegaram ao STF, deram de cara com uma multidão de “amarelinhos”. Foram mais de duas horas de agonia. Todos acompanhavam através de uma rádio local as manobras que o presidente do STF, Gilmar Mendes, fazia no intuito de influenciar os votos dos ministros e suspender mais uma vez a decisão, como já tinha feito no dia 3.

Mas quando o Ministro Carlos Ayres Britto votou pela constitucionalidade da lei, mudando o seu voto anterior, foi uma explosão de alegria. Mais uma vez saímos vitoriosos.A guerra não terminouA vitória foi importante e dá novo fôlego para continuarmos a luta contra a quebra do monopólio postal e a privatização dos Correios. Faltam ainda, porém, duas etapas que vão exigir muita unidade e luta do conjunto da categoria.Tramita no Congresso o Projeto de Lei 3677/2008, do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), que é uma cópia do processo julgado pelo STF, tendo como objetivo o fim do monopólio postal da ECT. Já no Executivo, o governo Lula criou um Grupo de Trabalho Interministerial para discutir a “modernização” da empresa.

Na semana passada foi entregue a proposta ao presidente Lula de transformação da empresa em Correios/SA, ou seja, uma empresa de capital aberto para a iniciativa privada, através de PPP’s (Parcerias Público Privadas). Isto só demonstra que o Judiciário, o Legislativo e o Executivo estão atuando em três frentes para garantir que o monopólio postal seja quebrado, facilitando assim a privatização da empresa, e prejudicando o serviço postal para a maioria da população brasileira. Temos que exigir do presidente Lula e do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, que se posicionem contra estes ataques e que defendam que os Correios continuem como empresa pública prestando um serviço de qualidade para toda a população brasileira. Não podemos permitir que as grandes empresas multinacionais de entrega (FEDEX, DHL, UPS) venham destruir a empresa pública com maior credibilidade deste país.

Neste sentido, fazemos um chamado a todos os trabalhadores ecetistas a virem junto conosco nesta luta defender a ECT pública e de qualidade sobre o controle dos trabalhadores!