domingo, 27 de setembro de 2009

CTB manobra assembléia e acaba com greve de São Paulo.

CTB manobra assembléia e acaba com greve de São Paulo.
Pelegos ignoraram decisão de manter a greve e declararam a greve encerrada. Deixaram a Praça da Sé escoltados.

• Na sexta-feira, dia 18, o presidente Lula deu seu recado aos sindicalistas governistas, exigindo “coragem” para acabar com a greve. No mesmo dia, os sindicalistas da CTB no Rio de Janeiro cumpriram a ordem do presidente. O sindicato de São Paulo demorou um pouco mais, mas, nesta quinta-feira, repetiu as manobras feitas no Rio de Janeiro e em outros lugares, como Mato Grosso do Sul, e declararam a greve simplesmente "encerrada".

A assembleia foi um ataque à democracia e um desrespeito com a categoria, que lotou a praça da Sé em cada um dos nove dias de greve. Primeiro, a CTB chamou o advogado do sindicato, para que este apresentasse os perigos de continuar com a greve. Foi uma preparação para o que viria depois, uma tentativa de estabelecer o medo de punições entre os trabalhadores.

Depois, os dirigentes do sindicato, que fizeram discursos inflamados durante vários dias, deixaram cair sua última máscara e mostraram que também são aprendizes de feiticeiros. Defenderam a proposta inicial da empresa, de acordo de dois anos, com 9% de reajuste nesse período, que os trabalhadores haviam rejeitado diversas vezes. Para isso, chegaram a mentir aos trabalhadores, garantindo que se aprovassem, não haveria o desconto dos dias parados. Algo que não foi dito nem pela empresa nem pelo governo. Ao contrário, o próprio Lula, em seu recado, havia ameaçado com o corte do ponto.

Pelego, pelego!
Mesmo com a pressão, os trabalhadores mostraram que têm coragem para seguir lutando. A maioria levantou os braços, aprovando a continuidade da greve, pelo acordo anual e pelo aumento de R$ 300, defendida no carro de som pelo representante da Oposição Nacional Conlutas, Geraldinho Rodrigues.

Mesmo com cerca de 60% aprovando a continuidade da greve, os dois dirigentes do sindicato declararam a greve encerrada e desligaram o carro de som. A reação dos trabalhadores foi imediata: uma chuva de vaias e protestos. Os mais calmos chamavam os sindicalistas de pelegos. Os mais exaltados, gritavam todo tipo de palavrão para mostrar sua revolta. Alguns trabalhadores, de setores onde a CTB dirige, se revoltaram e partiram pra cima dos pelegos. O principal dirigente do sindicato levou um murro no rosto, assim que desceu do carro de som, e os traidores tiveram de deixar a Praça da Sé escoltada por seguranças.

Para Geraldinho Rodrigues, “O PCdoB desmontou a greve, mesmo quando havia forte disposição para seguir adiante. Repetiu o que a CUT fez com os metalúrgicos do ABC, aceitando o acordo rebaixado sem lutar. No final, mostraram mais uma vez que são agentes do governo”.

Ao final, um grupo de trabalhadores se reuniu com a Oposição Conlutas, para avaliar a assembleia e discutir a melhor forma de denunciar o que havia ocorrido para os demais trabalhadores. O clima de revolta com o sindicato era grande entre todos. “A traição da CTB foi vergonhosa. Quem estava na assembleia, saiu revoltado. Além de lutar contra a direção da empresa, que quer privatizar os Correios, temos de construir uma forte oposição, que derrote essa burocracia traidora, que obedece ao governo”, afirma Geraldinho.

Ainda nesta quinta-feira, o sindicato de Rondônia também aprovou o acordo com a empresa. Nesta sexta-feira, outros sindicatos, como os de Brasília, Campinas e Pernambuco, avaliam se permanecem em greve.

VEJA O VÍDEO LULA X TRABALHADORES DOS CORREIOS:
http://www.youtube.com/watch?v=Cuk-IxGmiJg&feature=player_embedded

Resposta ao Jornal O Globo.

Resposta ao Jornal O Globo, sobre a matéria abaixo.

A propósito da afirmação do representante da Federação, Sr. José Rivaldo - na matéria “Greve dos Correios está praticamente encerrada”, de 25/9 -, de que haverá um impasse jurídico, caso não seja atingido o número mínimo de sindicatos concordantes com a proposta da ECT, devo dizer que discordo categoricamente, uma vez que tal afirmação não corresponde com a verdade e ele sabe perfeitamente disso.

O estatuto prevê, nesse caso, a convocação de uma Plenária Nacional com participação de trabalhadores eleitos - na proporção 1/1000 - em assembléias de base de cada sindicato filiado a FENTECT. A Plenária deverá ser convocada nos próximos dias pela diretoria colegiada, pelo Comando de Negociações ou por um terço dos sindicatos filiados.

Nesta Plenária Nacional a categoria irá decidir definitivamente. No entanto, uma decisão já é certa: em hipótese alguma será aceito um acordo coletivo com validade para dois anos e nem banco de horas. Também não vamos abrir mão de reivindicar aumento real nos salários nas próximas campanhas salariais, como quis impor o ministro instrutor do TST em audiência de conciliação.

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2009.

Atenciosamente,
Heitor Fernandes
Diretor da FENTECT, pela Oposição Nacional Conlutas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Greve dos Correios está praticamente encerrada... MAS A LUTA CONTINUA!

Greve dos Correios está praticamente encerrada
Publicada em 25/09/2009 às 20h07m
Mônica Tavares

BRASÍLIA - Até o início da noite desta sexta-feira 16 dos 35 sindicatos filiados a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) decidiram voltar ao trabalho e aceitar a proposta da empresa. E os trabalhadores de mais cinco sindicatos - Alagoas, Tocantins e Santa Catarina, Mato Grosso e Paraíba também finalizaram o movimento, porém preferiram a proposta apresentada na última quinta-feira pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Terminou na prática a greve dos Correios.

Segundo informações da assessoria da ECT, encontram-se atrasadas em todo o país 341,6 mil encomendas e 59,5 milhões de correspondências. A estimativa da ECT é de que sejam necessários 10 dias para colocar em dia a entrega da carga postal atrasada em Brasília.
No Rio, a greve já havia sido encerrada na semana passada. O sindicato de Uberaba (MG) não aderiu ao movimento. Está marcada para esse sábado a assembléia dos funcionários do Ceará. As informações foram dadas pela Fentect e pela assessoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

A proposta dos Correios prevê um reajuste de 9% retroativo a agosto de 2009 e R$ 100,00 a partir de janeiro de 2010. Para a assinatura do acordo, é preciso que 18 sindicatos aceitem a proposta. O representante da Federação José Rivaldo disse que se não for atingido o número mínimo haverá um impasse jurídico, que precisará ser resolvido no âmbito da Fentect.
Os funcionários dos Correios do Distrito Federal, que foi um dos sindicatos que decidiu pelo fim da greve nesta sexta-feira, estão retornando ao trabalho a partir da zero hora deste sábado.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Correios: Lula dá recado e sindicatos da CUT e CTB tentam acabar greve. SP e DF atropelam direções sindicais governistas!

Após orientação do governo Lula, na sexta-feira (18), a CTB conseguiu através de muitas manobras retirar os sindicatos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e de Santos da greve. E nesta segunda-feira (21) tentou retirar São Paulo e Brasília. Nos dois últimos casos os trabalhadores mostraram que não estão dispostos a aceitar o acordo de dois anos e votaram pela continuidade do movimento.

Com essas decisões, a greve nacional continua forte. Forte, mesmo com as manobras da burocracia sindical que tenta acabar a paralisação, impondo assim uma derrota aos trabalhadores.

A categoria aprovou uma contraproposta na assembléia de sexta-feira e é esta proposta que pretende que o comando apresente à empresa. “Os trabalhadores não querem ver os sindicatos defendendo a proposta da empresa e sim a sua”, diz o diretor da Fentect pela Oposição Nacional Conlutas, Geraldinho.

Segundo Geraldinho, existem sim problemas políticos em uma parte significativa da direção do movimento dos Correios. “Uma direção que vacila por ter relações diretas e ser atrelada aos interesses de alguns partidos que compõem o governo, como o PT e o PCdoB”, ressalta o dirigente.

Ele acredita ainda que a greve se mantém forte em São Paulo, Brasília, no Rio Grande do Sul, no Nordeste e na maioria dos estados. “Sendo assim podemos retomar a paralisação onde por ventura acabou o movimento”, comenta Geraldinho.

Infelizmente, o presidente Lula deu mais uma demonstração de que os anos no poder o fizeram mudar de lado. O dirigente sindical que foi reconhecido no mundo todo como líder das greves contra a ditadura, agora como presidente da República se rende ao apoio de políticos corruptos como os senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, inimigos conhecidos do povo brasileiro e dos trabalhadores dos Correios.

O presidente Lula chama de covarde uma categoria que trabalha em uma das maiores empresas deste país e tem um piso salarial de R$ 648,15. “A resposta dos trabalhadores foi dada nas assembléias com ampla participação dos setores que estão parados e passando por cima da diretoria do sindicato que defendeu o fim da greve”, diz Geraldinho confiante no movimento.

domingo, 20 de setembro de 2009

LULA: "COVARDE" É QUEM SE RENDE A SARNEY E COLLOR PARA SE MANTER NO PODER

TODO APOIO A HERÓICA GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS

LULA: "COVARDE" É QUEM SE RENDE A SARNEY E COLLOR PARA SE MANTER NO PODER

Infelizmente, o presidente Lula deu mais uma demonstração de que os anos no poder o fizeram mudar de lado. Antes, um dirigente sindical que foi reconhecido no mundo todo como líder das greves contra a ditadura. Agora, um Presidente da República que esquece o passado de lutas e ataca a justa greve de uma categoria que constrói no dia a dia uma das maiores empresas deste país e tem um piso salarial de R$ 648,15.

Lula chamou os dirigentes da greve dos Correios de COVARDES. Em que pese todas as nossas diferenças com uma ala governista no comando da greve, repudiamos esta atitude absurda de atacar pela imprensa a direção de nosso movimento justo e legítimo.

Achamos sim uma atitude "covarde" do presidente Lula quando ele se rende ao apoio de figuras tão ligadas a corrupção. Como os senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, inimigos conhecidos do povo brasileiro e dos trabalhadores dos Correios. E ataca os trabalhadores para impor um acordo de dois anos para que não tenham Campanha Salarial em 2010 e não atrapalhe a tentativa de eleger sua sucessora Dilma Roussef.

Perguntamos ao presidente: quem mudou de lado? Porque esta maioria parlamentar não serviu nos últimos sete anos de governo para acabar com o famigerado fator previdenciário? Para reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários? Para revogar a lei de FHC que quebrou o monopólio do petróleo brasileiro? Para garantir um reajuste digno aos aposentados? Para garantir a estabilidade no emprego que poderia ter evitado mais de 1 milhão de novos demitidos no primeiro semestre deste ano?

Porque a "covardia" não está nos trabalhadores dos Correios. Está sim no Governo Lula que não atende nenhuma reivindicação histórica da classe trabalhadora e não enfrenta de verdade os interesses da burguesia e seus partidos de direita.

Existem sim problemas políticos em uma parte significativa da direção do nosso movimento, que vacila em alguns momentos. Mas em nossa opinião não é por covardia, mas sim porque uma parte do Comando tem relações diretas e são atrelados aos interesses de alguns partidos que compõe este governo, como o PT e o PCdoB.

Para estes, fazemos um chamado sincero: Rompam com este governo "covarde" que só protege os grandes empresários. E vamos construir nossa greve nacional, mantendo a greve forte em SP, em Brasília, no RS, no Nordeste e na maioria dos Sindicatos da FENTECT e retomando a greve nos Estados que por ventura saíram do movimento.

REPUDIAR OS MEMBROS DA ARTICULAÇÃO E CTB QUE ORIENTARAM A ASSINATURA DO ACORDO!

QUE O RIO DE JANEIRO VOLTE A GREVE!

DISCUTIR UMA CONTRA-PROPOSTA!

NÃO AO CORTE DO PONTO. PELO ABONO DOS DIAS PARADOS!

ACORDO BIANUAL É ARROCHO SALARIAL!

Assinam: Geraldo Rodrigues e Heitor Fernandes, dirigentes da FENTECT pela Oposição Nacional Conlutas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Cordel do Nando Poeta a GREVE DOS CORREIOS COM LUTAS.


GREVE DOS CORREIOS COM LUTAS

Os Correios tem que ser
100% estatal
Proposta que privatiza
Do governo federal
Xerocando FHC
Lula vai se dando mal

Os Correios S.A
Governo faz a proposta
Entrega o que é público
Na privada ele aposta
Amplia terceirizada
Já sabemos é uma bosta.

Agora pra “inovar”
Campanha salarial
Acordo que é proposto
Pra tempo bianual
É um golpe disfarçado
Pra arrocho salarial.

Queremos é anual
Pois mudar regra do jogo
É ataque a quem trabalha
É greve pegando fogo
Acordo é pra todo ano
Da luta é o nosso logo.

Empresa e o governo
No controle do correio
Aperta trabalhador
Que vive no aperreio
Se for de dois em dois anos
Será papel muito feio.

Com trinta e três sindicatos
A greve começou forte
Por isso não aceitamos
Direito sofrer mais corte
Pela campanha anual
Brigaremos até a morte.

Não iremos aceitar
A proposta de dois anos
A greve é nossa força
Ela vai melar os planos
Rebaixar nossos direitos
É agir como tiranos.

A categoria unida
Rejeita em todo país
Armadilha da empresa
Parte do comando quis
Mas a base se rebela
Contra proposta infeliz.

Se diz que a crise passa
Então suba o salário
Em vez de salvar banqueiro
Agiota salafrário
Pegue o dinheiro invista
Quem sofre ataque diário.

Em ano eleitoral
Querem fugir da pressão
Da base mobilizada
Que exige proteção
Se governo faz a merda
Terá troco em eleição.

Queremos que nossa luta
A base forte decida
Cuidado quem for pelego
União é inseticida
Trabalhador do correio
Lutando melhora a vida.

Estamos forte, unido
Nesse grande movimento
Pois carteiro e os demais
Não agüenta mais tormento
O governo e a empresa
Deixe já o seu lamento

CTB e CUT traem trabalhadores do Rio e impõem o fim da greve.

Vinte e dois sindicatos decidem continuar a greve nacional nos Correios.
CTB e CUT traem trabalhadores do Rio e impõem o fim da greve.


Heitor Fernandes, Rio de Janeiro.

Na noite de sexta feira, 18/9, após uma passeata com mais de 1.500 trabalhadores, a direção do sindicato do Rio de Janeiro, dirigido pela CTB, operou uma infinidade de manobras e impôs a aceitação do acordo coletivo com validade para dois anos e o fim da greve, anunciando uma possível derrota sem precedentes na história do movimento sindical nos correios.

Já na assembléia da noite anterior a CTB e a CUT queriam aceitar o acordo bianual e acabar com o movimento. Os dirigentes do sindicato anunciaram na imprensa o fim da greve e percorreram os locais de trabalho intimidando e ameaçando os trabalhadores que bravamente garantiam os piquetes. Com argumentos mentirosos diziam que a greve estava fraca em todo o país e só no Rio de Janeiro a proposta estava sendo recusada. Insultavam os militantes da Oposição Nacional Conlutas de todas as formas diante de nossa intransigente defesa contrária ao acordo bianual e nossa organização de centenas de trabalhadores enfurecidos que entoavam a palavra de ordem: “Dois anos não, sindicato pelegão!”

Um diretor do sindicato conhecido como Azevedo agrediu um militante da Conlutas com coices e cabeçadas quando este subiu no carro de som para dividir a fala com um trabalhador de base. Outro diretor conhecido Cláudio Lobinho, tirou sua pele de cordeiro e percorreu os Centros de Distribuição na Zona Oeste ameaçando os carteiros nos piquetes dizendo que ele estava garantido e “blindado” por ser diretor do sindicato, mas “a base tinha mais é que se foder”.

Repetindo o discurso que aprenderam no curso em parceria com o diretor regional dos Correios do Rio, os diretores do sindicato Ronaldo Leite, Marcos Sant'águida, Anizio e Cláudio Lobinho ameaçavam que os dias seriam descontados e mentiam que a ECT já tinha entrado com ação no TST.

Na manhã de sexta-feira a direção do sindicato percorreu os locais de trabalho com baixa adesão à paralisação, convocando para a passeata os trabalhadores que furavam a greve. Durante a passeata os militantes da Conlutas foram impedidos de subir no carro de som, somente a CUT e CTB. Com o cartão de ponto batido os trabalhadores foram liberados pelos chefes e rumaram para a assembléia realizada na Cinelândia. Após o fim da passeata, onde só foram permitidas dez falas no carro de som, sendo seis da CUT-CTB favoráveis ao acordo bianual e quatro contrários, dentre estes um da Conlutas.

Pela imprensa a diretoria do sindicato já declarava o previsto fim da greve e afirmava que precisaria “explicar” a proposta à categoria, mas era apenas o ardil necessário para acabar com a greve. Confusos e sem as “explicações” prometidas dois terços dos trabalhadores presentes na assembléia caíram na cilada armada pela direção do sindicato e votaram pela aceitação do nefasto acordo bianual e saída da greve.

O objetivo da CTB e CUT está muito claro: assinar um acordo com validade de dois anos, para que no ano que vem não ocorra nenhum conflito dos trabalhadores com o governo Lula e sua candidata a presidente da república e demais candidatos.

Outro objetivo dos sindicalistas governistas é facilitar o projeto da direção da ECT e do governo na transformação da empresa em Correios S/A. O diretor do sindicato Marcos Sant'águida, já está sendo chamado de “Marquinhos S/A”, pois é um ferrenho defensor da transformação da ECT em sociedade anônima. Já está claro que o objetivo entre os sindicalistas governistas é pegar uma boquinha como membros do Conselho de Administração da nova empresa privatizada. Pois, conforme o parágrafo único do artigo 40 da Lei das S/A (6.404), incluído por FHC e mantido por Lula, está prevista a “participação no conselho de representantes dos empregados, escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais que os representem.”

Sabemos que luta de classes é dinâmica e história se repete como farsa ou como tragédia. Este pretenso acordo coletivo bianual, se implantado, poderá se tornar um modelo para as demais categorias em luta, como bancários, petroleiros, metalúrgicos, o que seria uma derrota imposta pelo governo de frente popular ao conjunto dos trabalhadores brasileiros.

Caso as direções da CUT e CTB tivessem realmente compromisso com os interesses da classe trabalhadora a postura mais coerente seria a convocação de nova assembléia para retomada e fortalecimento da greve que se mantem forte e resistente na maioria dos 35 sindicatos dos trabalhadores dos Correios.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Presidente pelego ameaça e chama trabalhadores de covardes!

Presidente pelego ameaça e chama trabalhadores de covardes!

Lula diz que proposta para acabar com greve dos Correios é razoável
da Agência Brasil - 18/09/2009 - 20h53

Em visita ao Rio Grande do Sul para lançar a obra de duplicação da BR-448, na região metropolitana de Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as críticas que recebeu de um grupo de funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), que estão em greve desde a última terça-feira.

O grupo esteve presente na solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras, com faixas em protesto contra o presidente. Enquanto Lula falava, os manifestantes gritavam: "Carteiros, na rua, Lula, a culpa é sua".

Lula rebateu: "A proposta para os Correios é razoável e eu acho que a vanguarda deveria se curvar diante da vontade da maioria, porque a assembleia que decidiu pela greve não tinha mais que cem pessoas lá em Brasília. Eu conheço essa história. Eu conheço lideranças covardes que são capazes de gritar greve e não são capazes de dizer que está na hora da gente voltar a trabalhar".

O Comando Nacional de Greve informou que 27 dos 35 sindicatos representativos dos empregados rejeitaram a proposta de reajuste imediato de 9% e aumento linear de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, oferecida pela empresa. O acordo valeria por dois anos, com o compromisso de não haver desconto dos dias parados se os empregados retornassem ao trabalho. Hoje, a Empresa de Correios e Telégrafos resolveu recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra a greve.

O presidente disse ainda que houve ganho salarial para a categoria em seu governo e que não há razão para o movimento grevista. "Os companheiros dos Correios sabem que praticamente no meu governo nós dobramos o valor salário. Portanto, é importante que a vanguarda do movimento, em nome das diferenças políticas, não levem os trabalhadores e as trabalhadoras a prejuízos salariais, porque na hora que começar a descontar o dia, as pessoas vão perceber que o sonho de querer tudo termina não tendo nada", disse o presidente.

"O bom dirigente sindical é aquele que tem coragem de começar uma greve, mas tem coragem de acabar a greve quando ele percebe que está pronto para a acabar a greve. Aquele dirigente sindical que faz uma greve e depois não sabe como acabar, fica pedindo aquilo que está além das possibilidades, apenas para dizer que vai continuar a greve, pode levar os trabalhadores a prejuízos enormes no final das contas", afirmou.

No palanque estavam políticos do PT que vieram do movimento sindical e que foram citados pelo presidente. "Aqui neste palanque tem alguns dos melhores dirigentes sindicais que este país já teve", disse Lula, citando o senador Paulo Paim, que dirigiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, município da Grande Porto Alegre, e o ex-ministro das Cidades Olívio Dutra, que dirigiu o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul.

Durante todo discurso de Lula, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o presidente. De acordo com o comando nacional de greve, dos 35 sindicatos da categoria 29 estão em greve e que todos os requisitos da lei de greve estão sendo cumpridos. A categoria pede reajuste salarial de 41,03% e aumento de R$ 300 no piso da categoria, vale-alimentaçã o de R$ 30 e auxílio cesta básica de R$ 250, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso.

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Fonte: http://www1. folha.uol. com.br/folha/ dinheiro/ ult91u626156. shtml

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

17/09/2009 - 19h08
Assembléias nos Estados decidem que greve dos Correios continua
Guilherme Balza*Do UOL NotíciasEm São Paulo

Atualizado às 21h18As assembleias realizadas nesta quinta-feira (17) por trabalhadores dos Correios decidiram manter a categoria em greve por tempo indeterminado. Dos 35 sindicatos filiados à Fenact (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), em 21 os funcionários decidiram manter a paralisação, de acordo com Emerson Vasconcelos da Silva, da comissão de negociação.

Funcionários dos Correios, reunidos em assembleia em frente o Ministério das Comunicações, em Brasília, rejeitam a contraproposta apresentada pela empresa e decidem manter a greve.
Veja a imagem ampliada e mais fotos da greve
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Os trabalhadores dos sindicatos restantes decidirão entre hoje e amanhã se continuam em greve. Mesmo assim, o número mínimo de votos - 18 do total de sindicatos - já foi alcançado. Decidiram seguir paralisadas as regionais do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Vale do Paraíba (SP).

Entre outras reivindicações, eles exigem reajuste salarial de 41,03%, aumento de R$ 300 no piso da categoria, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso.

A estatal apresentou ontem aos trabalhadores sua contraproposta, oferecendo reajuste salarial de 9% em acordo bianual, reajuste linear de R$ 100, aumento no valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 21,50 por dia e no vale-transporte de R$ 110. Os Correios têm 116 mil trabalhadores em todo o país. "Também não queremos acordos válidos só por dois anos", diz Silva.

Segundo o sindicalista, quatro dos sete integrantes dos trabalhadores na comissão de negociação negaram a proposta e iriam redigir o informe indicando aos sindicatos regionais a continuação da greve. No entanto, os outros três membros, ligados ao PT e ao PCdoB, "atravessaram" e enviaram o comunicado pelo fim da greve, o que acabou "rachando" a comissão.

Correios podem ir a TST
Se for confirmada a continuação da greve pelos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), esta deverá pedir ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) que decrete a abusividade da paralisação
Leia a notícia completa

Por volta de 65% dos profissionais da categoria aderiram à greve, de acordo com o sindicalista. A maioria dos trabalhadores paralisados são entregadores, motoristas, operadores de triagem, funcionários de agências, motoqueiros, entre outros.

Como evitar transtornos
Para evitar transtornos com a greve, a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) orienta as empresas a disponibilizarem outros canais para que as contas que chegam por intermédio dos Correios sejam pagas, além de informar os clientes sobre a medida.

Segundo o Procon, os consumidores também têm a responsabilidade de procurar a empresa e descobrir meios de pagar as contas. "Não é porque a conta não chegou que o cliente não tem que pagar, mas as empresas têm que disponibilizar novos meios e avisá-los", afirma Fátima Lemos, assistente de direção do Procon.

Caso o cliente não receba a correspondência e não haja tempo hábil para efetuar o pagamento de outro modo, a empresa não deve cobrar multa e juros, de acordo com Lemos. "O mais certo é pagar uma segunda via sem multa e juros."

* Com informações da Agência Estado

Os sindicatos não aceitam negociar o reajuste por dois anos.

Funcionários dos Correios mantêm paralisação
GERUSA MARQUES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Funcionários dos Correios, em greve desde a noite de terça-feira, decidiram hoje manter a paralisação por tempo indeterminado. A proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo (ECT), de reajuste salarial de 9%, foi recusada por 20 sindicatos, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect).

Os sindicatos não aceitam negociar o reajuste por dois anos, como quer a ECT. "Não vamos ficar um ano sem discutir nada, só porque é um ano eleitoral", disse um dos integrantes do comando de greve da Fentect, Emerson Vasconcelos da Silva. A Fentect questiona também o acréscimo de R$ 100 ao piso salarial de R$ 640 proposto pela ECT para ser pago a partir de janeiro de 2010. "Queremos aumento já, e R$ 100 é muito pouco", disse Silva. A categoria pediu um acréscimo de R$ 300. "Não fazemos apenas reivindicações econômicas, queremos também condições de trabalho", afirmou.

Segundo balanço divulgado pela Federação, somente o sindicato de Bauru (SP) votou pelo fim da greve. A proposta da ECT foi rejeitada pelos sindicatos do Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Vale do Paraíba (SP).

POSIÇÃO DA OPOSIÇÃO NACIONAL CONLUTAS sobre a proposta da ECT

MOTIVOS PARA REJEITARMOS A PROPOSTA REBAIXADA DE ACORDO SALARIAL DE 2 ANOS

1. Existe uma crise econômica internacional que também atingiu o Brasil e que pode levar a um aumento da inflação no ano que vem. Um reajuste rebaixado agora, com um aumento real muito pequeno, pode ser rapidamente desvalorizado, e o que é pior: estaremos abrindo mão de lutar por um reajuste digno em 2010. Se dividirmos os valores por 2, veremos que é pouco. Se a ECT pode dar 9% agora, temos que forçar para o acordo ser por um ano.

2. Em 2010 acontecerão as eleições presidenciais, e em anos como estes aumenta o nosso poder de pressão sobre o governo e a direção da empresa para arrancarmos reajustes maiores e mais conquistas de direitos.

3. Nossa greve começou muito forte, com 33 sindicatos aderindo do total de 35 filiados a FENTECT e ela vem crescendo. Por isso, a direção da ECT que enrolou durante os últimos meses, logo no primeiro dia da greve apresentou uma nova proposta, ainda bastante aquém das nossas necessidades. Se mantivermos o movimento iremos arrancar mais direitos.

4. Foi esse o movimento que fizeram os metalúrgicos em várias regiões do país e em grandes empresas como na Honda e na Toyota: arrancaram um reajuste de 10% e no Paraná arrancaram 8,53% de reajuste e mais um abono de R$ 2.000,00, ambas propostas somente para este ano.

5. É neste momento que os trabalhadores dos Correios devem confiar somente na força da sua mobilização. Não podemos confiar nem no Governo Lula e nem na direção da empresa, que querem jogar mais uma vez nas costas dos trabalhadores os ônus da crise econômica.

6. Chamamos a direção do nosso Sindicato e a maioria da direção da FENTECT para que confiem na força da greve de nossa categoria, e oriente pela REJEIÇÃO DESTA PROPOSTA BIANUAL, que além de ser rebaixada é uma armadilha para os trabalhadores, porque nos amarram a ficar por dois anos sem nenhuma correção salarial e será o tempo necessário para o governo Lula e a direção da empresa transformar a ECT em Correios S/A gerando milhares de demissões, terceirização e queda na qualidade de serviços prestados a população. Defendemos toda unidade de ação possível para derrotarmos o projeto Correios S/A.

Neste sentido, a proposta da Oposição Nacional Conlutas é defender nas assembléias de hoje, que não seja aprovado nem um acordo bianual e buscarmos construir e apresentar esta mesma proposta valendo somente para o Acordo Coletivo 2009, com validade para somente 01 (um) ano, sem nenhum desconto ou compensação dos dias parados.

domingo, 13 de setembro de 2009

Costa encaminha a Lula proposta de nova Lei Postal
GERUSA MARQUES - Agencia Estado

BRASÍLIA - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje que pretende encaminhar ainda hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na audiência que terá daqui a pouco no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), a minuta de uma nova Lei Postal, com um plano de modernização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). A proposta, se aprovada pelo presidente, seria encaminhada ao Congresso na forma de Medida Provisória.

"Temos que colocar os Correios rapidamente competitivos com outras empresas do setor", disse o ministro, lembrando que a ECT manteve apenas o monopólio de correspondências comerciais e cartas particulares e sofre a concorrência de grupos internacionais no setor de entrega de encomendas e volumes.

Segundo ele, a modificação da lei tem o objetivo de criar uma logística adequada para os Correios, com preços competitivos e atuação em todo o território nacional. Entre as medidas está a implantação do Correio híbrido, para otimizar o processo de entrega.

O Correio híbrido permite, por exemplo, que uma fatura seja enviada de uma região do País para outra por meio eletrônico, reduzindo gastos com transporte aéreo e rodoviário. Esta fatura seria impressa na unidade dos Correios mais próxima do endereço do destinatário.

Outra intenção com a nova Lei Postal é tornar a estatal mais participativa no projeto do Banco Postal, hoje administrado em parceria com o Bradesco. "Queremos fazer uma operação mais conveniente, mais lucrativa", afirmou o ministro, sem dar mais detalhes.

A modernização dos Correios prevê inclusive, segundo Costa, a possibilidade de atuar em outros países, o que hoje não é permitido. "Se houver essa abertura, os Correios podem ter subsidiárias em outros países, assim como o Banco do Brasil tem e a Petrobras tem", explicou.

O ministro procurou ressaltar a estabilidade da ECT, que tem apresentado lucro por quatro anos consecutivos. "Este ano, até agora, os Correios estão com um lucro operacional de quase R$ 1 bilhão, o que é muito importante porque todos os correios do mundo estão passando por dificuldades", afirmou.

Hélio Costa disse ainda que em cerca de 30 dias os Correios devem retomar a licitação para substituir as 1.429 franquias da estatal. A licitação havia sido lançada em maio deste ano e foi cancelada em julho para ajuste no edital. O ministro não previu um prazo para a edição da MP, mas disse que o presidente da República quer que as medidas de modernização estejam prontas para ser implantadas até o fim do ano.

sábado, 12 de setembro de 2009

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.
INFORME – 019, Brasília, 10 de setembro de 2009.


AOS SINDICATOS FILIADOS
Companheiros(as),

No dia de ontem, 09/09/09, estivemos na ECT para mais uma reunião de negociação do ACT 2009/2010, onde fomos recebidos pela Comissão de Negociação da ECT e pelo Diretor de Recursos Humanos Pedro Bifano, que nos informou do interesse da empresa, após consulta a órgãos externos, em apresentar uma proposta de Cláusulas Econômicas com validade de dois anos e outra de um ano.

O Comando Nacional de Negociação dos trabalhadores manifestou sua insatisfação com o fato de, até o momento, a ECT não ter apresentado uma proposta que traga avanços significativos para a categoria, e que o acordo com validade de dois anos não está em questão, lembrando aos representantes da empresa que toda e qualquer proposta apresentada pela ECT será objeto de debate com a categoria nas Assembléias no próximo dia 15/09/2009.

No período da tarde de hoje, 10/09/09, por volta das 16hs, voltaremos para a ECT, para mais uma reunião. Ressaltamos a importância dos Sindicatos mobilizarem a categoria para as Assembléias do próximo dia 15, e prepararem a greve.

“Direito não se tira, se amplia”
“Nenhum direito a menos, queremos mais”.

Saudações Sindicais,
Comando Nacional de Negociações e Mobilização 2009/2010

terça-feira, 8 de setembro de 2009

INFORME – 018, Brasília, 08 de setembro de 2009.

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.

INFORME – 018, Brasília, 08 de setembro de 2009.
AOS
SINDICATOS FILIADOS

Companheiros(as),
Em cumprimento ao calendário de reuniões deste Comando de Negociações com a Comissão de Negociações da ECT, previstas para os dias 08, 09, 10 e 11 de setembro/09, estivemos na ÚNICO na data de hoje para darmos continuidade às negociações do ACT 2009/2010. Porém, em mais uma atitude de falta de respeito e descaso para com a categoria, os representantes da Empresa sequer compareceram à Mesa de Negociação.

A ECT, através de seu Coordenador, Lúcio Braga, apenas nos recebeu para informar que não existe outra proposta a ser apresentada e que as reuniões estão suspensas. O senhor Lúcio disse ainda que a Direção da Empresa se manifestará posteriormente.

Novamente, reiteramos a necessidade de intensificarmos a mobilização em todo o país e prepararmos a Greve Nacional da categoria. A Direção da ECT não está deixando outra alternativa aos Trabalhadores(as), a não ser a GREVE.

“Direito não se tira, se amplia”
“Nenhum direito a menos, queremos mais”.
Saudações Sindicais,

Comando Nacional de Negociação e Mobilização 2009/2010.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta da ECT e aprovam estado de greve!

Campanha salarial dos Correios 2009/2010
Os trabalhadores dos Correios realizaram assembléia nacional nesta última quarta feira (2) e rejeitaram a proposta rebaixada apresentada no último dia 27 de reajuste salarial de 4,50%, referente ao índice do IPCA de agosto de 2008 a julho de 2009. A proposta elevaria o salário base de R$ 648,12 para R$ 677,28. O mesmo índice seria aplicado aos demais benefícios como: auxilio para filhos portadores de necessidades especiais, gratificação de quebra de caixa com banco postal, reembolso creche ou reembolso babá, vale alimentação/refeição, vale cesta e reembolso do vale transporte.Além de rejeitar a proposta, os trabalhadores aprovaram o estado de greve a partir de zero hora desta quinta-feira (3) e o indicativo de greve a partir no mesmo horário dia 16.

A próxima assembléia da categoria será dia 15 de setembro. Com isso a empresa tem menos de oito dias para apresentar ao comando da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores) dos Correios uma contra proposta. A avaliação será feita na assembléia do dia 15 de setembro, prazo limite das negociações entre empresa e trabalhadores.Nas assembléias os trabalhadores demonstraram muita disposição para lutar, caso a empresa insista em não atender as reivindicações.Além dos salários baixos, os trabalhadores dos Correios enfrentam hoje as péssimas condições de trabalho, a repressão absurda nos setores e muito assédio moral.

Outra grande preocupação é a proposta da Correios S/A apresentada pelo governo Lula através do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) e o PL 3677/08, de autoria do deputado Reges de Oliveira (PSC-SP), que quebra o monopólio da empresa.

Algumas das principais reivindicações da categoria são:
- Reposição de 41% das perdas salariais;
- Aumento real linear de R$ 300,00 para todos;
- Manutenção do cargo de motorista e do setor de transporte;
- Fim das metas, dobras e sobrecarga de serviço;
- Redução da jornada sem redução salários e direitos;
- Fim das terceirizações e privatização; e
- Não aos correios S/A, em defesa dos correios 100% público e estatal.

Conlutas no Grito dos Excluídos

Manifestações contra Sarney marcam 07 de Setembro
Seg, 07 Set, 07h10

Em Brasília, São Paulo e no Recife, as comemorações do 7 de Setembro foram marcadas por protestos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na Esplanada dos Ministérios, cerca de 150 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, romperam uma das grades de segurança, invadiram o gramado e conseguiram chegar a menos de cem metros do palanque onde estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado.

"Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota", gritavam os manifestantes, em sua maioria estudantes de escolas secundárias e da Universidade de Brasília (UnB). Com as caras pintadas e narizes de palhaço, muitos carregavam cartazes e faixas com frases de efeito. Sarney não compareceu ao desfile para, segundo sua assessoria, descansar em São Luís (MA).

Em São Paulo, cerca de 300 pessoas ligadas ao movimento Fora Sarney reuniram-se na Avenida Paulista, perto da Alameda Casa Branca, por volta das 15 horas, também para protestar contra o senador. No Recife, a 15ª edição do Grito dos Excluídos serviu de palco para manifestações. No entanto, os pedidos de "fora Sarney" e pelo fim do Senado foram feitos apenas por integrantes da central sindical Conlutas e dos partidos políticos PSTU e PSOL.

Quando o grupo chegou, com faixas vermelhas e folhetos, o Grito dos Excluídos já havia iniciado a caminhada de cerca de dois quilômetros da Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, à Igreja do Carmo, na área central da cidade. Os manifestantes contrários a Sarney se posicionaram no final da passeata, que começou com mil pessoas e encerrou o trajeto com duas mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar.
Representantes Sindicais do SINTECT-RJ tomaram posse dia 05/09.

Na reunião de posse dos delegados sindicais do SINTECT-RJ, realizada no sábado, 05/09, compareceram mais de 150 trabalhadores dos 326 delegados eleitos entre titulares e suplentes.
Após um importante debate sobre a conjuntura e a campanha salarial, foi eleita a Coordenação do Conselho de Representantes Sindicais, representando a OPOSIÇÃO CONLUTAS foi eleito Wagner Cerqueira, atendente comercial, lotado na AC-Vilar dos Teles.

A próxima assembléia decisiva será na 3ª feira, 15/09, às 18:00 no CTP. E às 22:00h, após a assembléia serão realizadas reuniões nos seguintes locais de trabalho, conforme aprovado pelos representantes sindicais:

- CTC-Cidade Nova
- CTC-Nova Iguaçu
- CTC-Benfica
- CTE-Benfica
- TECAI.

Todos à Assembléia para aprovação da greve nacional por tempo indeterminado!
Correios: primeira vitória contra o fim do monopólio

• Na primeira batalha, os trabalhadores dos Correios saíram vitoriosos. Uma votação do Supremo Tribunal Federal confirmou no último dia 5 de agosto, por 6 votos a 4, a constitucionalidade do monopólio da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) sobre os serviços postais do país. Foi o desfecho do julgamento iniciado em 2005.Em mais uma luta histórica, os trabalhadores dos Correios demonstraram a sua força. A categoria, através dos carteiros, atendente, motoristas, OTT (Operador de Triagem e Transbordo), e até a parte administrativa, fizeram um grande esforço e mais de 1200 trabalhadores de todo o país foram acompanhar o julgamento em Brasília. Algumas delegações viajaram mais de 20 horas para acompanhar o julgamento.

Quando os ministros chegaram ao STF, deram de cara com uma multidão de “amarelinhos”. Foram mais de duas horas de agonia. Todos acompanhavam através de uma rádio local as manobras que o presidente do STF, Gilmar Mendes, fazia no intuito de influenciar os votos dos ministros e suspender mais uma vez a decisão, como já tinha feito no dia 3.

Mas quando o Ministro Carlos Ayres Britto votou pela constitucionalidade da lei, mudando o seu voto anterior, foi uma explosão de alegria. Mais uma vez saímos vitoriosos.A guerra não terminouA vitória foi importante e dá novo fôlego para continuarmos a luta contra a quebra do monopólio postal e a privatização dos Correios. Faltam ainda, porém, duas etapas que vão exigir muita unidade e luta do conjunto da categoria.Tramita no Congresso o Projeto de Lei 3677/2008, do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), que é uma cópia do processo julgado pelo STF, tendo como objetivo o fim do monopólio postal da ECT. Já no Executivo, o governo Lula criou um Grupo de Trabalho Interministerial para discutir a “modernização” da empresa.

Na semana passada foi entregue a proposta ao presidente Lula de transformação da empresa em Correios/SA, ou seja, uma empresa de capital aberto para a iniciativa privada, através de PPP’s (Parcerias Público Privadas). Isto só demonstra que o Judiciário, o Legislativo e o Executivo estão atuando em três frentes para garantir que o monopólio postal seja quebrado, facilitando assim a privatização da empresa, e prejudicando o serviço postal para a maioria da população brasileira. Temos que exigir do presidente Lula e do Ministro das Comunicações, Hélio Costa, que se posicionem contra estes ataques e que defendam que os Correios continuem como empresa pública prestando um serviço de qualidade para toda a população brasileira. Não podemos permitir que as grandes empresas multinacionais de entrega (FEDEX, DHL, UPS) venham destruir a empresa pública com maior credibilidade deste país.

Neste sentido, fazemos um chamado a todos os trabalhadores ecetistas a virem junto conosco nesta luta defender a ECT pública e de qualidade sobre o controle dos trabalhadores!